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Evento esclarece dúvidas sobre concessão do Parque Nacional do Iguaçu
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Começa hoje (2) e vai até o dia 4 de fevereiro o 2º roadshow para esclarecer dúvidas sobre a concessão e o processo licitatório do Parque Nacional do Iguaçu, uma área de quase 200 mil hectares localizada no Paraná rica em biodiversidade da flora e da fauna brasileira. O evento é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Trata-se da maior reserva remanescente de Mata Atlântica da região. Criado em 1939, o parque tem, como principal atração turística, as Cataratas do Iguaçu, eleitas uma das Sete Maravilhas da Natureza em 2011.
Para esclarecer dúvidas sobre a concessão e o processo licitatório aos interessados, o 2º Roadshow terá hoje reuniões presenciais com investidores interessados no empreendimento. Nos dias 3 e 4, as reuniões serão por videoconferência.
Os encontros serão, de acordo com a assessoria do ministério, “fechados e confidenciais”, de forma a preservar “informações estratégicas e dúvidas” de cada potencial investidor junto aos órgãos envolvidos.
O edital do leilão foi publicado em dezembro de 2021, prevendo que o futuro concessionário não poderá cobrar pelo ingresso “valor além do estabelecido em contrato”. Será possível estabelecer pacotes especiais para visitas de mais de um dia, de forma a incentivar a permanência do turista na região.
“Moradores dos 13 municípios do entorno do parque terão desconto no ingresso e pagarão 20% do valor máximo previsto”, informa o MMA.
A nova concessão tem o potencial de duplicar o número de visitantes do parque no período de 30 anos, com expansão da área concessionada e a realização de investimentos capazes de aumentar a atratividade da visitação.
A previsão é de que o leilão ocorra em 22 de março. Segundo o MMA, a concessão resultará em R$ 500 milhões em investimentos apenas em infraestruturas. Outros R$ 3 bilhões serão aplicados na operação do parque durante o período da concessão.
Edição: Lílian Beraldo
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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