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Simonetti e presidentes seccionais discutem reabertura de fóruns judiciais

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Horas após tomar posse como presidente nacional da OAB, Beto Simonetti reuniu os presidentes de seccionais para ouvir suas demandas mais urgentes. O encontro ocorreu nessa terça-feira (1º), na sede do Conselho Federal, em Brasília. O tema de destaque na conversa entre os dirigentes foi o fechamento dos fóruns judiciais. Simonetti se comprometeu a levar o assunto ao conhecimento do ministro Luiz Fux, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A permanência dos fóruns fechados é uma situação delicada para a advocacia e para os cidadãos. Queremos dialogar sobre o tema com o presidente Fux para encontrar formas de os fóruns funcionarem, adotando os protocolos de segurança contra Covid, mas permitindo acesso da advocacia e de membros do Judiciário”, disse Simonetti. Ele ainda afirmou que a Ordem buscará o diálogo e, se necessário, também adotará medidas legais.

Presidentes
A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, afirmou que o fechamento completo dos fóruns deveria ser a última alternativa, mas que essa foi a primeira e única opção oferecida à sociedade em seu Estado.

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“É um momento de preocupação em razão do aumento do número de casos de Covid, mas acreditamos que existam medidas que possibilitariam o trabalho presencial. Praticamente todas as atividades estão de portas abertas, inclusive nos Poderes Executivo e Legislativo. É essencial que as portas do Poder Judiciário estejam abertas. O acesso à Justiça é um direito sagrado”, disse Gisela.

“Precisamos decidir se queremos um judiciário que funciona na tela ou um que seja acessível presencialmente à cidadania brasileira”, afirmou o presidente da OAB-RO, Márcio Nogueira. Ele relatou que há tribunais fechados que estão desmobilizando estruturas físicas e que o Estado vivencia “situações tão esdrúxulas quanto a de magistrados que tomaram posse por vídeo e nunca estiveram em Rondônia, judicam e resolvem a vida de rondonienses sem conhecer a realidade das nossas comunidades”, afirmou o dirigente.

Erinaldo Dantas, presidente da OAB-CE, disse que “é fundamental que as instituições estejam abertas e que, se houver algum tipo de restrição, que seja feita de forma seletiva, permitindo que pelo menos advogadas e advogados tenham livre acesso a todas as repartições no país”.A presidente da OAB-BA, Daniela Borges, disse que “é imprescindível que seja garantido o pleno e irrestrito atendimento às advogadas e aos advogados, uma vez que não existe Justiça sem o pleno exercício da advocacia”.

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Também participaram da reunião os presidentes seccionais Vagner Paes (AL), Auriney Brito (AP), Jean Cleuter (AM), Erinaldo Dantas (CE), Délio Lins e Silva Jr. (DF), Rafael Lara (GO), Kaio Vyctor Saraiva (MA), Bitto Pereira (MS), Sérgio Leonardo (MG), Harrisson Targino (PB), Marilena Winter (PR), Luciano Bandeira (RJ), Márcio Nogueira (RO), Ednaldo Vidal (RR), Cláudia Prudêncio (SC), Patrícia Vanzolini (SP) e Danniel Costa (SE).

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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