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Masp traz exposições dedicadas a Volpi e Abdias Nascimento 

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Para discutir e refletir sobre o centenário da Semana de Arte Moderna, celebrado neste mês de fevereiro, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) apresenta duas novas exposições: uma dedicada a Alfredo Volpi (1896-1988) e outra ao artista Abdias Nascimento (1914-2011). Embora não tenham participado da semana, os dois artistas ajudaram a construir o modernismo brasileiro e representaram uma ideia de brasilidade ou de arte nacional, tema que foi bastante explorado pela Semana de Arte Moderna de 22.

Volpi Popular é a terceira série de exposições do Masp organizada em torno de pintores modernistas brasileiros e com referência à cultura popular. Antes de Volpi, o museu já dedicou exposições a Cândido Portinari (exposição chamada de Portinari Popular) e Tarsila do Amaral (Tarsila Popular), que foi a mais visitada da história do museu.

A mostra apresenta desde a produção inicial de Volpi, voltada para as paisagens urbanas e rurais, quanto sua arte mais geométrica, quando surgiram as suas famosas bandeirinhas – e que ele desenvolveu até o final de sua carreira. Estão em exibição 96 trabalhos de Volpi. A curadoria é de Tomás Toledo.

A pintura de Volpi mescla tradições modernas e populares: o artista buscou apresentar o trabalho artesanal, as festas populares, os temas religiosos e as fachadas da arquitetura brasileira. Aliás, para essa exposição, um dos interesses da curadoria foi resgatar suas obras religiosas e sua representação de Maria e o menino Jesus negros.

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Já o artista, escritor, intelectual, ator e ativista Abdias Nascimento será homenageado na exposição chamada Abdias Nascimento: um artista panamefricano, que busca enfatizar sua contribuição para a pintura brasileira. A mostra vai apresentar 62 pinturas do artista produzidas entre 1968 e 1998. A curadoria é de Amanda Carneiro e Tomás Toledo.

As pinturas de Abdias Nascimento associam orixás à abstração geométrica, formas livres e símbolos africanos, além de explorarem gêneros mais tradicionais, como paisagens e retratos. Nascimento participou da formação da Frente Negra Brasileira e da fundação do Teatro Experimental do Negro, uma das mais radicais experiências de dramaturgia do país.

As duas exposições ficam em cartaz até o dia 5 de junho. O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras. Para visitar as exposições, o agendamento pela internet é obrigatório. 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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