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União Europeia anuncia fechamento do espaço aéreo a aviões russos

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A União Europeia decidiu proibir os aviões russos de utilizarem qualquer aeroporto dos países-membros do bloco. A sanção imposta pelo ataque militar da Rússia contra a Ucrânia foi anunciada hoje (27), pela presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Estamos propondo a proibição de todas as aeronaves de propriedade russa, registradas na Rússia ou controladas pela Rússia. Estas aeronaves não mais poderão pousar, decolar ou sobrevoar o território da União Europeia”, declarou Ursula em pronunciamento a jornalistas.

“Isto se aplica a qualquer avião de propriedade, fretado ou controlado por uma pessoa física ou jurídica russa. Nosso espaço aéreo será fechado para todos os aviões russos – e isso inclui os jatos particulares dos oligarcas [russos]”, acrescentou a presidenta da Comissão Europeia, reforçando o apoio do bloco à Ucrânia e ao governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

As novas restrições europeias anunciadas hoje atingem também a veículos de imprensa estatais da Rússia, como o Russia Today e a agência de notícias Sputnik. “Estamos desenvolvendo ferramentas para banir sua desinformação tóxica e prejudicial na Europa”, disse Ursula, acrescentando que a decisão não tem precedentes, como para enfatizar a gravidade do que classificou como um momento “divisor de águas”.

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As sanções aplicadas à Rússia também se estenderão a Belarus, acusada de facilitar e participar do ataque russo à Ucrânia. “O regime [do presidente bielorusso Alexander] Lukashenko é cúmplice deste ataque cruel”, afirmou Ursula. “Assim, atingiremos o regime de Lukashenko com um novo pacote de sanções, introduzindo medidas restritivas contra seus setores mais importantes, o que interromperá suas exportações.”

As novas restrições foram anunciadas poucas horas após a Comissão Europeia tornar público que as lideranças políticas de algumas das principais economias ocidentais (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido) concordaram em remover as instituições bancárias russas da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (do inglês, Swift) – uma rede bancária global criada em 1973, para facilitar e garantir a segurança da troca de mensagens entre bancos de diferentes países. Esses mesmos países também aprovaram a adoção de medidas conjuntas que, segundo Ursula von der Leyen, buscam “garantir que esta guerra seja um fracasso estratégico” para o presidente russo Vladimir Putin.

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Edição: Fernando Fraga

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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