MATO GROSSO
Fiscais do Indea aplicam R$ 5,5 milhões em multas por uso irregular de agrotóxico
MATO GROSSO
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) fiscalizou cerca de 6 mil propriedades rurais e estabelecimentos comerciais, em 2021, para verificar o uso, armazenamento e descarte de embalagens vazias de agrotóxicos. Desse total, foram aplicados 126 autos de infração, que resultaram em R$ 5,5 milhões em multas ou 28,3 mil Unidade de Padrão Fiscal (UPF).
As irregularidades correspondem a 1,8% dos pontos de fiscalização, a maioria por trânsito de agrotóxicos sem documentação, disposição inadequada das embalagens vazias de agrotóxicos, prestação de serviço na aplicação, tratamento ou no armazenamento de agrotóxicos sem estar devidamente registrado junto ao Indea.
Além disso, foi constatada a utilização de produtos sem respeitar as condições de segurança para a proteção da saúde humana e do meio ambiente. Nessas vistorias, os fiscais avaliaram nas propriedades rurais as áreas de experimentos com agrotóxicos, hortas e cinturões verdes, hidroponias e outros locais de produção de hortaliças.
Já nas revendas, os fiscais do Indea verificaram se o estabelecimento tem condições de armazenar adequadamente os produtos e se a estrutura do armazém atende ao disposto na legislação; também checou o registro. As empresas têm a obrigação de reportar informações de comercialização no Sistema de Defesa Vegetal (SISDEV) do Indea e se os produtos estão dentro do prazo de validade.
O diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, explica que as fiscalizações são importantes para a área agronômica e para a saúde e o meio ambiente, pois impactam diretamente na vida do cidadão de Mato Grosso.
“As fiscalizações visam garantir um meio ambiente equilibrado, com uso e descarte correto das embalagens vazias dos produtos, bem como assegurar a qualidade do alimento que chega à mesa dos consumidores finais. Cada produto é utilizado para uma cultura, tem um intervalo de ação, portanto, aquele que é utilizado nas verduras não pode ser o mesmo utilizado na lavoura de soja”.


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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