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Aprovada urgência para projeto que regulamenta identificação de produtos artesanais de origem vegetal

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POLITÍCA NACIONAL


Paulo Sergio/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas. Dep. Soraya Manato UNIÃO-ES
Dra. Soraya Manato, autora do projeto de lei

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o regime de urgência para o Projeto de Lei 5516/20, da deputada Dra. Soraya Manato (União-ES), que considera produtos alimentícios artesanais de origem vegetal aqueles que utilizam predominantemente matérias-primas vegetais no processo de fabricação e que apresentam certas características, como processo de fabricação predominantemente manual.

Com a aprovação da urgência, a proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário.

Segundo o deputado José Nelto (Pode-GO), o projeto é importante para os produtores artesanais. “O Estado tem que incentivá-los, como incentiva a agricultura familiar para baratear a produção de alimentos. A compra de produtos artesanais por órgãos do governo vai fortalecer o trabalho de quem mora no campo”, explicou.

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) avaliou, no entanto, que o texto é vago e dificulta a fiscalização. “Prejudica os pequenos produtores para conceder benefícios aos grandes”, criticou.

O deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP) teme que o selo de qualidade previsto no projeto gere mais custos para os pequenos produtores. “O Estado vai encher a paciência e complicar a vida do pequeno produtor, que já tem uma atividade de subsistência.”

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Ingredientes industrializados
O deputado Afonso Florence (PT-BA) reclamou que o projeto prejudica a atuação de órgãos estaduais de vigilância sanitária e permite a utilização de ingredientes industrializados nos produtos artesanais. “Este projeto é perigosíssimo”, alertou.

Já o deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) ponderou que ingredientes como açúcar, sal e bicarbonato precisam ser utilizados em produtos artesanais. “Sou da roça, de uma família grande de produtores rurais, fazendo seus docinhos para vender. É impossível não utilizar um mínimo de ingredientes industrializados”, afirmou.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Francisco Brandão e Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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