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SP: concessionária de trens é notificada após falhas sucessivas

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A concessionária ViaMobilidade, que administra duas linhas de trem em São Paulo, foi notificada pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) da abertura de processos administrativos para apurar falhas na operação das composições. Problemas na rede elétrica, paralisação do serviço e até mesmo a colisão de um trem com uma barreira de proteção foram situações observadas desde que a empresa assumiu as linhas, em 27 de janeiro. A empresa do Grupo CCR ganhou o leilão que passou a administração para a iniciativa privada.

Segundo a STM, a ViaMobilidade foi notificada sobre a instauração de processos administrativos sancionadores pelo descumprimento de procedimentos operacionais e pela interrupção da prestação do serviço, com prazo de 15 dias para manifestação e apresentação de defesa. São de responsabilidade da concessionária as linhas 8-Diamante, que liga as estações Júlio Prestes, no centro, e Itapevi; e 9-Esmeralda, que vai de Osasco a Vila Natal, no extremo sul de São Paulo.

Com os resultados da apuração das falhas, a secretaria poderá aplicar sanções que podem chegar ao valor de R$ 4,3 milhões. A notificação foi feita em uma reunião na qual também foram recomendadas à concessionária ações “urgentes e imediatas” para reduzir falhas operacionais ocorridas nas últimas semanas. 

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Falhas

Umas das falhas mais recentes e graves na operação foi a colisão de um trem com a barreira de proteção no limite da parada da Estação Júlio Prestes, ocorrida no dia 10 de março. Os passageiros foram desembarcados em segurança, mas o maquinista ficou em choque e recebeu atendimento médico. Cerca de 460 mil pessoas usam a linha diariamente nos dias úteis. De acordo com a concessionária, a colisão ocorreu porque o freio não foi acionado no ponto necessário pelo operador. O funcionário foi demitido.

A ViaMobilidade informou que, durante a reunião em que foi notificada, apresentou um plano emergencial com as ações de melhoria. Entre as medidas imediatas, a concessionária informou que vai “acelerar a avaliação de Rede Aérea e outros diagnósticos técnicos necessários; levantar pontos nas linhas 8 e 9 para mitigar o risco de furto de cabos; intensificar manutenção geral de elevadores e escadas, implantar placas de velocidade antes das estações e na entrada das plataformas, além de “tartarugas refletivas” na via, para sinalizar a chegada dos trens nas plataformas”.   

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A concessionária acrescentou que intensificará o treinamento dos operadores, bem como a supervisão em campo. Informou ainda que revisará toda a frota recebida da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). De acordo com a ViaMobilidade, até o momento, apenas 23% da frota passou por revisão geral.

Edição: Nádia Franco

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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