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Fernanda Montenegro toma posse na cadeira 17 da ABL

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A atriz Fernanda Montenegro, considerada uma das damas do teatro nacional, tomou posse hoje (25) à noite, na Academia Brasileira de Letras (ABL). Única concorrente à vaga, ela recebeu, no dia 4 de novembro do ano passado, 32 dos 35 votos possíveis e, aos 92 anos, é a primeira mulher a assumir a cadeira 17, sucedendo o diplomata Affonso Arinos de Melo Franco (1930-2020). 

Em seu discurso, Fernanda Montenegro agradeceu a classe artística e destacou a  posse de uma atriz para a ABL “William Shakespeare deixou eternizado esse  conceito estrutural da afirmação de uma arte. O mundo é um palco e todos nós, seres humanos, somos atores nesse palco. Agradeço muito ao meu coração e minha razão por estar sendo aceita nesta casa, protagonista, referenciada, da nossa mais alta cultura, que é a Academia Brasileira de Letras”, disse. 

“Emocionada, tomo posse da cadeira número 17. Sou atriz, venho desta mística arte arcaica que é o teatro. Sou a primeira representante da cena brasileira a ser recebida nesta casa. Esse meu ofício expressa uma estranheza compreensão. A raiz dessa arte está na complexidade de só existir através do corpo e da alma de ator ou de uma atrizao trazer a literatura dramática para a verticalidade cênica”, acrescentou

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Logo após ser eleita, Fernanda manifestou em sua rede social, que a Academia Brasileira de Letras é um referencial cultural de 125 anos. “Abrigou e abriga representantes que honram a diversidade da nossa criatividade em várias áreas. Vejo a academia como um espaço de resistência cultural. Agradeço a oportunidade”. 

A atriz recebeu a notícia da eleição por meio da também imortal da ABL, Nélida Piñon.

Arlete Torres

Fernanda Montenegro é o nome artístico de Arlette Pinheiro Monteiro Torres, nascida no dia 16 de outubro de 1929, no Rio de Janeiro. Atriz e escritora, ela é considerada uma das melhores atrizes do país. Foi a primeira latino-americana e a única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1999, pelo filme Central do Brasil, do diretor Walter Salles. Foi também a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação na série Doce de Mãe, da TV Globo, de 2013.

“Pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”, Fernanda Montenegro foi condecorada, em 1999, pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, com a maior comenda civil do país, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Além dos cinco prêmios Molière, ela ganhou em 1998 o Urso de Prata no Festival de Berlim, pela interpretação de Dora no filme Central do Brasil

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Em 2013, foi eleita a 15ª celebridade mais influente do Brasil pela revista Forbes. Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Fernanda leu o poema A flor e a náusea, de Carlos Drummond de Andrade, dublado em inglês pela também atriz Judi Dench.

Foi a primeira atriz contratada pela TV Tupi, em 1951, onde participou de 80 teleteatros. Em telenovelas, sua estreia ocorreu em 1954, como protagonista de A Muralha, na RecordTV. Trabalhou na maioria das emissoras produtoras de teledramaturgia, como Band, TV Cultura, RecordTV e Rede Globo, onde está desde 1981, além das extintas TV Excelsior, TV Rio e Rede Tupi.

Na área da literatura, a atriz publicou, em 2018, o livro Fernanda Montenegro: Itinerário Fotobiográfico e, no ano seguinte, lançou o livro Prólogo, Ato, Epílogo, pela Companhia das Letras, escrito em parceria com Marta Góes.

Ouça na Radioagência:

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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