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Operação da PF investiga tráfico de drogas em Roraima

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A Polícia Federal deflagrou hoje (5) a Operação Tânatos, em Roraima, com o objetivo de investigar um grupo de traficantes interestaduais de drogas que tinha, entre seus integrantes, um vereador de Boa Vista. O nome dos investigados não foram informados pela PF.

Ao menos 60 policiais federais participam da operação. Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista e Alto Alegre. Os mandados foram expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas do Estado de Roraima.

“As investigações tiveram início em dezembro de 2020, com a prisão em flagrante de um dos principais suspeitos de integrar a associação. Desde então, foram apreendidos mais de 50 kg de skunk, três veículos de luxo e mais de R$ 70 mil em espécie em decorrência das investigações”, informou, em nota, a PF.

De acordo com os investigadores, o grupo distribuía pelo estado as drogas que eram obtidas no Amazonas. Entre os veículos utilizados para o transporte da droga há, inclusive, alguns aviões. Estima-se que pelo menos R$ 500 mil tenham sido movimentados em 8 meses pelos traficantes.

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O inquérito policial aponta que um vereador de Boa Vista “atuaria como um possível colaborador do grupo, disponibilizando veículos para o transporte das drogas. Também há indícios da participação de um piloto de avião que seria conhecido por prestar serviços ilegais em regiões de garimpo no estado”, disse a PF.

A Câmara de Municipal de Boa Vista não se manifestou até o momento sobre a participação do vereador.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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