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POLITÍCA NACIONAL

Relatório sobre semipresidencialismo deve ser apresentado em junho

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Billy Boss/Câmara dos Deputados
Reunião Extraordinária. Dep. Samuel Moreira PSDB-SP
Samuel Moreira quer ampliar debate com perguntas da população por e-mail

O coordenador do grupo de trabalho criado pela Câmara dos Deputados para analisar a adoção do semipresidencialismo no Brasil, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse nesta terça-feira (5) que deve entregar o relatório após a conclusão da fase de audiências públicas e debates internos, que deve tomar os meses de abril a início de junho.

O grupo formado por dez deputados tem 120 dias para concluir seus trabalhos, prazo que acaba em julho e pode ser prorrogado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. Nesta quarta, o colegiado realiza a primeira audiência pública, ouvindo três especialistas no assunto. Audiência está marcada para às 9h30.

Até junho serão ouvidos 37 especialistas no assunto, entre favoráveis e contrários à implantação do semipresidencialismo no Brasil. Nesse sistema, a chefia do governo cabe a um primeiro-ministro eleito pelo Congresso Nacional, após indicação do presidente da República. Este continua sendo eleito pelo povo e responsável pela chefia do Estado. Hoje o presidente tem as duas atribuições.

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Moreira disse que a intenção do grupo de trabalho é abrir a discussão para a população. Até duas horas antes do término dos debates as pessoas poderão se inscrever por um e-mail e fazer perguntas diretas a ele, que serão respondidas. “A ideia é ampliar o máximo possível esse debate nas audiências públicas”, disse.

Ele explicou também que após cada audiência o grupo de trabalho se reunirá com o conselho consultivo para discutir os assuntos tratados no debate. O conselho é formado pelos ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e Ellen Gracie, e o ex-presidente da República Michel Temer. “O conselho consultivo participará ativamente desse processo”, afirmou o coordenador.

Exaustão
O deputado Samuel Moreira defendeu a implantação de um semipresidencialismo adaptado às condições brasileiras. Esse sistema é mais comum em nações europeias, como Portugal e França, e apresenta variações conforme o país.

Para ele, o presidencialismo de coalização existente no Brasil, em que o presidente da República divide o poder com um arco de partidos, já dá sinais de exaustão. “Você tem, no presidencialismo, um presidente que se elege com um plano de governo e um Parlamento que se elege com outras atribuições e outros interesses, legítimos inclusive, mas diferentes às vezes da implantação de um plano de governo”, afirmou.

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Essa situação, segundo ele, faz com que a ação do Parlamento esteja desconectada da ação do presidente. Moreira acredita que, ao elegerem o primeiro-ministro, os deputados e senadores terão mais compromisso com a qualidade do governo, e não só com o mandato presidencial. “Você vai poder cobrar um deputado pela qualidade de governo. É muito mais fácil você encontrar um parlamentar e cobrá-lo do que um presidente da República”, disse.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Geórgia Moraes

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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