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Mostra de Dança Itaú Cultural ganha edição presencial e online
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Com a pergunta tema Por que dançamos?, começa hoje (10), em São Paulo, a 5ª Mostra de Dança Itaú Cultural, com convidados de oito estados e três países, levando o público a questionar, por meio de coreografias e trocas de ideias, quais os motivos que levam os corpos a se movimentar, relacionando-se consigo, com o outro e com o espaço, em uma experiência coletiva de sensações e sentidos.
A programação online começa às 9h no site do Instituto Itaú Cultural e podem ser conferidas até o dia 1º de maio. As atividades presenciais, com plateia, ocorrem de 13 a 17 de abril (quarta-feira a domingo), no palco da instituição. As atividades são gratuitas, e os ingressos devem ser reservados pela plataforma INTI (acesso pelo site do instituto.
Presencial
Na abertura, nos dias 13 e 14 (quarta-feira e quinta-feira), às 20h, estreia do espetáculo Graça – Uma Economia da Encarnação, da Cia Gira Dança, do Rio Grande do Norte, que chega pela primeira vez ao palco, depois de ter estreado como dança-filme no início do ano.
A apresentação, criada em parceria com a coreógrafa Elisabete Finger, é resultado do projeto Zona Dissoluta, contemplado pelo programa Rumos 2019-2020. O encenação traz corpos com camadas de histórias acumuladas, impressas, misturadas, desbotadas e dissolvidas, e representa se reescrever e reencarnar no mundo.
Nos dias 14 e 15 (quinta-feira e sexta-feira), às 19h, os artistas da dança Davi Pontes e Wallace Ferreira, do Rio de Janeiro, apresentam Repertório N.2, no espaço da Arena, no IC. Segunda parte de uma experiência coreográfica voltada à dança como prática de autodefesa – e que inspirou, ainda, o projeto Escola Repertório de Autodefesa, também selecionado pela edição 2019-2020 do Rumos –, a performance utiliza técnicas informais e desviantes para dar luz a um pensamento crítico sobre o mundo no qual se vive.
A questão racial entra em cena com Vala: Corpos Negros e Sobrevidas, novo espetáculo que a Cia Sansacroma, de São Paulo, apresenta no palco físico no sábado, dia 16, às 20h. Inspirada no Cemitério dos Pretos Novos, localizado no bairro da Gamboa, no Rio de Janeiro, a apresentação denuncia o genocídio de pessoas pretas ao longo do tempo. Denuncia também a estrutura social criada para justificar e moldar novos valores de urbanidade, civilidade, segurança pública e política de morte.
A mostra presencial fecha no dia 17, domingo, às 19h, com a apresentação de Ou 9 ou 80, com a Clarin Cia de Dança, criada pelo coreógrafo Kelson Barros, maranhense radicado em São Paulo. O espetáculo usa o universo do passinho e do funk para contar a história de dançarinos como intérpretes-criadores Iguinho Imperador, Juju ZL, Mario MLK Bros, Pablinho Idd, Yoshi Mhoroox, Yure Idd e RD Ritmado, da periferia do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Online
Na programação online serão apresentados espetáculos da região Norte e uma mostra com artistas do Espírito Santo. Também no virtual, mas via Zoom, um debate leva ao campo das ideias a pergunta tema do festival. Do Amapá, participa a Cia Casa Circo de Artes Integradas, com A Mulher do Fim do Mundo. Neste solo, a atriz e bailarina Ana Caroline vive as reflexões de uma mulher negra, que se depara com a existência de um corpo que respira a cada segundo para se manter em pé.
O solo Apoena – Aquele que Vê Longe, da pesquisadora amazonense Francis Baiardi, trata de questões urgentes e sensíveis sobre humanidade, como ancestralidade, direitos e expropriação são discutidos por meio de um corpo que carrega suas heranças, mas é atravessado pela violência do homem contemporâneo.
Da Mostra Lab.IC, no ambiente virtual, ficam disponíveis no site do Itaú Cultural, videodanças e videoperformances de seis artistas sobre temas que vão de estereótipos e exploração do meio ambiente à descolonização do corpo e objetificação da mulher negra, um projeto capixaba, do Laboratório do Intérprete-Criador (Lab.IC).
Na sexta-feira, dia 15, entra no ar às 20h, no YouTube do IC, Insolente, um trabalho em construção do Grupo Gestus, que depois pode ser assistido até o dia 1º de maio. Em cena com a artista da dança Gilsamara Moura, do Brasil, a bailarina argentina residente no Paraguai Alejandra Días Lanz e a turca radicada na França Pinar Selek, feminista, antimilitarista, socióloga, escritora e ativista, ele traz um olhar profundo sobre a mulher, sobre seguir em frente, mesmo com medo.
No dia 16 (sábado), será realizada a mesa Por que Dançamos?, mediada pela pesquisadora carioca de dança Mariana Pimentel, que recebe convidadas que já tiveram projetos contempladas pelo Rumos para debater sobre o tema central da programação. São elas Inah Irenam, do projeto EPA! Encontro Periférico de Artes, da Bahia; Danielle França, do Frevo às Cegas, de Pernambuco; e Ivna Messina, do Lab.IC, do Espírito Santo. O encontro ocorre pela plataforma Zoom, sendo necessário reservar ingresso via Sympla.
Edição: Maria Claudia


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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