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Unesco inclui duas áreas do Brasil na lista de geoparques mundiais

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou a inclusão de dois parques brasileiros na lista de geoparques mundiais reconhecidos pela entidade. Na lista, divulgada nesta semana, foram incluídos o parque Caminhos dos Cânions do Sul, situado entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul; e o parque Seridó, localizado no Rio Grande do Norte.

Com a aprovação, o Brasil passa a contar com três geoparques mundiais, já que a organização já havia reconhecido o geoparque de Araripe, localizado na Bacia do Araripe, que se estende pelo sul do Ceará, noroeste de Pernambuco e leste do Piauí.

Os geoparques são territórios reconhecidos pela Unesco como regiões que possuem importância científica, cultural, paisagística, geológica, arqueológica, paleontológica e histórica e que também combinam a conservação com o desenvolvimento sustentável, por meio do empoderamento das comunidades locais.

“Os sítios dessa rede apresentam uma extraordinária diversidade geológica que sustenta a diversidade biológica e cultural de diferentes regiões. Os geoparques atendem as comunidades locais, e combinam a conservação de seu patrimônio geológico único com a disseminação pública e o desenvolvimento sustentável”, informou a Unesco.

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Geoparques

O geoparque mundial Seridó abrange uma área de 2.800 km² no semiárido do nordeste brasileiro, onde moram mais de 120 mil habitantes, incluindo comunidades como os quilombolas. A Unesco disse que os habitantes mantêm “viva a memória de seus ancestrais africanos escravizados para preservar sua cultura por meio de práticas tradicionais, museus e centros culturais.”

A região, localizada na caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, conta ainda com uma das maiores reservas minerais de scheelita da América do Sul, um importante minério de tungstênio, além de fluxos de basalto decorrentes da atividade vulcânica durante as Eras Mesozoica e Cenozoica.

O geoparque mundial Caminhos dos Cânions do Sul, no sul do Brasil, abrange uma área de 2.830,8 km² e abriga 74.120 habitantes. A região é caracterizada pela ocorrência de Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos do planeta em termos de biodiversidade.

No período pré-colombiano, os habitantes da região se abrigavam em paleotocas (cavidades subterrâneas escavadas pela extinta megafauna paleovertebrada, como a preguiça gigante), cujos numerosos vestígios ainda são visíveis no geoparque.

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“Além disso, o local apresenta os cânions mais impressionantes da América do Sul, formados pelos processos geomorfológicos únicos que o continente sofreu durante o desmembramento do supercontinente Gondwana, há cerca de 180 milhões de anos”, informou a Unesco.

Além dos dois parques no Brasil, a Unesco também declarou mais outros seis geoparques. São eles: o geoparque de Salpausselkä, na Finlândia; Ries, na Alemanha; Cefalônia-Ítaca, na Grécia; Mëllerdall, em Luxemburgo; Região de Buzău, na Romênia; e Platåbergens, na Suécia.

Com as novas inclusões, a Rede Mundial de Geoparques reúne agora 177 áreas em 46 países.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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