BRASIL
Vale começa eliminação de dique da Mina Águas Claras, em Nova Lima
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A Vale começou hoje (20) a descaracterização de uma das cinco estruturas a montante previstas para serem eliminadas ainda em este ano. A primeira é a do Dique Auxiliar da Barragem 5, na Mina Águas Claras, em Nova Lima, Minas Gerais, que desde o ano 2000 não recebe rejeitos. Segundo a companhia, com o término dos trabalhos no fim do ano, o Dique será uma das 12 estruturas alteadas a montante da empresa, já eliminadas no Brasil.
“A eliminação de todas as barragens a montante da Vale é um dos pilares do princípio de garantia de não repetição de rompimentos como o de Brumadinho, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas e cuidados com o meio ambiente”, informou a empresa.
Segundo a Vale, tanto o Dique Auxiliar como a Barragem 5 estão, atualmente, em Nível de Emergência 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). As duas estruturas são monitoradas permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale.
A companhia construiu, preventivamente, em março, um reforço para dar maior estabilidade à estrutura durante o processo, que pode ter um aumento de riscos durante as obras de descaracterização. Foi definido também que, em caso hipotético de ruptura, todo o rejeito, calculado em cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos, fique contido dentro da Barragem 5, evitando qualquer dano às pessoas ou ao meio ambiente da região.
“Para reforçar a segurança dos trabalhadores, ainda que não haja proibição de acesso à estrutura, a Vale, conservadoramente, definiu que as atividades de escavação e movimentação do rejeito serão realizadas com equipamentos não tripulados, operados remotamente. A tecnologia foi desenvolvida pela empresa em conjunto com fornecedores. A previsão de conclusão dos trabalhos é em dezembro deste ano”, revelou.
O planejamento prevê que as obras ocorrerão em área interna da empresa e todo o transporte de materiais e equipamentos será feito por meio de acessos internos, para evitar impactos nas vias locais. As estimativas apontam que os trabalhos no Dique Auxiliar devem gerar cerca de 130 empregos, entre trabalhadores diretos e terceirizados. A Vale afirma que prioriza a contratação de mão de obra local.
Programa
Desde 2019, das 30 estruturas a montante mapeadas que passarão pelo processo, sete foram eliminadas (quatro em Minas Gerais e três no Pará). Segundo a empresa, o número corresponde a praticamente 25% do seu Programa de Descaracterização. “Para este ano, está prevista a conclusão das obras e a reintegração ao meio ambiente de mais cinco estruturas. Com isso, a Vale prevê encerrar 2022 com 40% das suas estruturas a montante eliminadas. Isso significa que 12 de 30 barragens mapeadas já estarão descaracterizadas”, acrescentou.
Os Diques 3 e 4, da barragem Pontal; a barragem Ipoema, em Itabira; e a Barragem Baixo João Pereira, em Congonhas, são as outras estruturas com previsão de conclusão das obras de descaracterização neste ano. A atualização mais recente do Programa de Descaracterização mostra que 90% das barragens a montante serão eliminadas até 2029 e 100% até 2035.
“As estruturas cujos prazos para término da descaracterização são mais extensos referem-se àquelas de maior risco, mais complexas e que envolvem um volume de rejeitos maior. A Vale reforça que as obras de descaracterização estão sendo realizadas de forma cautelosa e reafirma seu compromisso de transparência e atuação focada na segurança das pessoas e do meio ambiente”, completou.
Edição: Lílian Beraldo


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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