POLITÍCA NACIONAL
Deputados defendem prevalência do caráter público da Embrapa
POLITÍCA NACIONAL

Deputados e representantes de entidades ligadas a trabalhadores e agricultores familiares criticaram declarações recentes dos dirigentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de que será feita uma reestruturação na companhia para abrir atividades para a iniciativa privada com redução de pessoal.
As críticas foram feitas em sessão solene no Plenário da Câmara nesta terça-feira (26) em comemoração aos 49 anos da empresa. A homenagem foi solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF).
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Marcos Vidal, disse que a ideia é fazer parcerias nas quais os resultados das pesquisas não serão mais públicos, mas direcionados aos parceiros privados.

Para o deputado Merlong Solano (PT-PI), a Embrapa também vem passando por um processo de precarização dos serviços por meio da redução orçamentária. Segundo ele, em 2022 o orçamento é de R$ 3,3 bilhões; cerca de R$ 500 milhões a menos do que o de 2019:
“O que temos é uma situação que marcha para a inviabilização desta empresa estratégica. Sofre o pessoal, que há muito tempo não é renovado e que está desanimado. Sofrem as condições de trabalho porque o custeio está comprometido, assim como lá na minha Universidade Federal do Piauí”, disse.
E sofre também a pesquisa, disse Solano, que é o motivo pelo qual a empresa foi criada. “E através da pesquisa e do desenvolvimento agropecuário (a Embrapa) se tornou uma referência não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse o deputado.

Biotecnologia
O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) fez elogios ao papel da Embrapa na melhoria dos cultivos.
“ Naqueles laboratórios da Embrapa em alguns recipientes pequenos têm valores idênticos aos valores que nós temos de petróleo no mundo. Dá uma olhada agora no que nós estamos fazendo no controle de pragas por biotecnologia. Nós vamos ver a importância que tem agora em diversas propriedades do país de nós termos laboratórios. Não tendo mais que usar defensivos químicos porque a Embrapa pesquisou”, comparou.
O chefe da Embrapa Cerrados, Sebastião da Silva Neto, representou o presidente da empresa, Celso Moretti, na sessão. Neto não fez comentários sobre a reestruturação da Embrapa. Ele destacou que a empresa está se concentrando em pesquisas que valorizem a agricultura sustentável.
Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra


MATO GROSSO
Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix
O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.
Sensação de insegurança e repercussão negativa
Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.
Fake news e manipulação política
A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.
Compromisso com transparência
Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.
A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.
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