Search
Close this search box.
CUIABÁ

POLITÍCA NACIONAL

Sirenes evitaram tragédia maior em Petrópolis, diz Defesa Civil do Rio de Janeiro

Publicados

POLITÍCA NACIONAL

O acionamento de sirenes em áreas de risco evitou proporções ainda maiores na tragédia provocada por enchentes e deslizamento de encostas em fevereiro e março, em Petrópolis (RJ). A declaração foi feita nesta terça-feira (3) pelo superintendente operacional da Secretaria de Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro, Alexandre Silveira, em audiência da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha o socorro às vítimas e a reconstrução da “cidade imperial”.

Silveira é coronel bombeiro militar e ressaltou o ineditismo do volume de 258 milímetros de chuva em apenas duas horas, registrado no fim da tarde de 15 de fevereiro, em Petrópolis. A tragédia deixou quase 240 mortos e, segundo Silveira, só não foi maior devido à eficiência das sirenes.

Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Situação do Município de Petrópolis e programas e soluções até o momento
Segundo Defesa Civil, 18 sirenes foram acionadas no dia de maior índice pluviométrico

“Cinco sirenes foram acionadas em menos de um minuto. E, ao todo, 18 [sirenes] até as 17h35. Elas servem para alertar sobre o risco geológico: ao tocarem, as pessoas, combinadas com o município, correm para o ponto de apoio”, informou. “Tenho certeza de que, pelo número de desaparecidos no momento inicial do desastre – o alvo dos bombeiros, naquele momento, era socorrer mais de mil pessoas –, a estratégia das sirenes deu certo. Muitas dessas pessoas foram encontradas nos pontos de apoio e nos abrigos provisórios”, acrescentou.

Leia Também:  Comissão discute dificuldades enfrentadas para fornecer internet de graça para aluno carente

Outra enchente atingiu Petrópolis em 20 de março, elevando o número oficial de mortos para 234 em mais de 5.300 ocorrências, a maioria ligada a deslizamentos de terra. As sirenes são disponibilizadas pelo governo estadual e acionadas pelos municípios.

Lições
Alexandre Silveira afirmou que uma das lições da tragédia de Petrópolis é a necessidade de se ampliar os investimentos no que chamou de “autoproteção” das comunidades.

O diretor do Departamento de Obras de Proteção e Defesa Civil do Ministério do Desenvolvimento Regional, Paulo Falcão, detalhou as ações do governo federal em assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução da cidade.

A audiência na comissão externa foi pedida pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a fim avaliar os programas e soluções apresentados pelos ministérios de Desenvolvimento Regional; e de Infraestrutura após a tragédia de Petrópolis.

O colegiado da Câmara é composto por 11 integrantes, sob coordenação do deputado Gurgel (PL-RJ).

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

Publicados

em

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

Leia Também:  Relatório preliminar aponta danos da invasão à Câmara

Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

Leia Também:  Comissão aprova aumento de penas de crimes financeiros e de maus-tratos praticados contra idosos

A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA