BRASIL
Dataprev conseguiu evitar perdas de R$ 47 bilhões aos cofres públicos
BRASIL
Responsável pelo processamento de dados de milhões de brasileiros, a DatavPrev está por trás do sucesso na análise cadastral para programas assistenciais durante a pandemia de covid-19. A avaliação foi feita pelo presidente da empresa, Gustavo Canuto, que foi entrevistado hoje (5) no programa A Voz do Brasil.
Segundo informou Canuto, apenas em 2021 a Dataprev processou informações e cruzou dados de beneficiários que resultaram na distribuição de R$ 750 bilhões. Deste valor, R$ 600 bilhões apenas em benefícios previdenciários.
Com a tecnologia utilizada, a empresa fez com que o governo deixasse de pagar cerca de R$ 47 bilhões a cadastros irregulares ou que não obedeciam normas de benefícios diversos, como o auxílio emergencial e o Auxílio Brasil. Para se ter ideia, informou Canuto, “a verba equivale a três vezes o que foi investido na transposição do Rio São Francisco.”
A Dataprev está engajada também na digitalização e automação de serviços públicos – uma das principais metas do governo para diminuir a burocracia e ampliar o acesso a serviços públicos de qualidade. Canuto explicou que novas tecnologias de análise de grandes volumes de dados e de cruzamento de registros permitem que grande parte dos requerimentos em serviços – sejam da Previdência Social, do Ministério da Cidadania, ou relativos a trabalho e emprego – possa ser automatizada.
“Aqueles casos simples, em que não há dúvida, devem ser feitos de maneira automática, sem passar na mão de um analista, para que eles se dediquem a casos mais complexos. Em 2019, conseguimos despachar automaticamente 4% dos requerimentos. Hoje, subiu para 28%”, informou.
Canuto frisou ainda que a Dataprev atualmente reduziu significativamente a dependência de verbas públicas em seu orçamento anual e tem registrado lucro – algo incomum entre empresas estatais. “A Dataprev recebe mais do mercado privado do que dos clientes públicos. Isso mostra inserção no mercado e capacidade de auferir receita. É o privado financiando o serviço público de qualidade.”
“A empresa tem uma preocupação constante em absorver tecnologias de ponta, mas ao mesmo tempo olhar para como podemos fazer melhor. Nossa missão institucional é, justamente, prover soluções digitais para o exercício da cidadania”, complementou.
Assista ao programa:
Edição: Pedro Ivo de Oliveira


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO2 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO1 dia atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
GERAL2 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil