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Em SP, Linha 9-Esmeralda apresenta nova falha nesta terça-feira
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Uma falha de sinalização na estação Grajaú da Linha 9-Esmeralda dos trens metropolitanos ocasionou hoje (24) quase três horas de caos para passageiros que utilizam o transporte. O problema ocorreu entre as 5h e 7h45 da manhã e deixou estações superlotadas, escadas rolantes desligadas e trens lentos.
De acordo com comunicado da ViaMobilidade, concessionária que administra a linha desde o início do ano, os trens circularam com velocidade reduzida e maior tempo de parada entre as estações Grajaú e Jurubatuba devido à falha, que está em análise pela área de manutenção da concessionária.
Por causa das constantes falhas na linha, a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) multou a ViaMobilidade, que além da operação e manutenção da Linha 9-Esmeralda, também é responsável pela Linhas 8-Diamante, em mais R$ 3,6 milhões. Com isso, o total de penalidades por não cumprimento contratual é de R$ 7,9 milhões. A secretaria é responsável pelo monitoramento e acompanhamento de todas as concessões feitas pela pasta.
Em março deste ano, a STM já havia multado a ViaMobilidade em R$ 4,3 milhões, após a instauração de processos administrativos sancionadores, em razão de descumprimentos de procedimentos operacionais e da interrupção da prestação do serviço. A concessionária apresentou defesa dentro do prazo estipulado, que está sendo analisada pela pasta.
Reincidentes episódios de falhas, denominados incidentes notáveis, passaram por análise administrativa e geraram novas multas à ViaMobilidade. Alguns exemplos das falhas são a abertura de portas do lado contrário à plataforma, desrespeito à sinalização de via e questões contratuais relacionadas à operação.
O Ministério Público de São Paulo também entrou no caso e pode pedir o rompimento de contrato de concessão da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) com a ViaMobilidade. Desde o momento em que a concessionária assumiu a concessão, o MP abriu duas linhas de investigação para averiguar os problemas: uma pela Promotoria do Patrimônio Público e outra pela Promotoria do Consumidor.
Cerca de 600 mil passageiros utilizam a Linha 9-Esmeralda por dia. Na Linha 8-Diamante são 500 mil.
Edição: Maria Claudia


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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