BRASIL
Brasil tem 3,4 mil pontos de descarte de eletrônicos para reciclagem
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O Brasil tem 3,4 mil pontos de recebimento de produtos eletrônicos para reciclagem. Esses pontos viabilizam a logística reversa e a destinação ambientalmente correta dos equipamentos já sem uso e estão presentes em todos os estados brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree). Também já há 21 centrais de logística reversa em capitais, com a cobertura para mais de 1,5 mil municípios.
A regulamentação para reciclagem e logística reversa do setor de eletroeletrônicos e eletrodomésticos foi publicada há dois anos, com o Decreto 10.240, o que impulsionou o processo no Brasil, segundo o presidente da Abree, Sergio de Carvalho Mauricio.
De acordo com ele, a logística reversa começa a partir da decisão consciente do consumidor, cujo produto eletroeletrônico ou eletrodoméstico não tem mais serventia, de descartar o equipamento em um local adequado. “É aí que começa o processo da logística reversa, com essa atitude do consumidor final de descartar de maneira responsável, permitindo que esse produto possa seguir o caminho da reciclagem”, disse Mauricio.
Reinserção na cadeia
A Abree se encarrega de efetuar a remoção dos equipamentos descartados nos pontos de recebimento, transportando-os até os recicladores ou empresas de manufatura reversa. “São aquelas que vão pegar o eletroeletrônico, proceder à sua desmontagem de maneira responsável, tanto do ponto de vista ambiental como trabalhista, e garantindo que isso não vai oferecer risco para o meio ambiente nem para os trabalhadores”, explica Mauricio.
“Todos os materiais (metais, plásticos, vidros) que compõem o eletroeletrônico acabam sendo separados, segregados, picados e se tornam matéria-prima para que possam ser reinseridos no processo produtivo”, completa.
Esse processo, segundo o presidente da Abree, traz grande benefício para a sociedade como um todo. “Primeiro, porque a gente evita que materiais tenham uma destinação que sejam lixões, aterros sanitários ou, pior ainda, que vão parar nas praias, rios, terrenos baldios. Outro benefício trazido pela reciclagem e logística reversa para o meio ambiente é que, quando essas matérias-primas são reaproveitadas em uma cadeia produtiva, os fabricantes deixam de comprar matérias-primas virgens que, muitas vezes, são recursos não renováveis e, de certa forma, acabam comprometendo, ou podem vir a comprometer, o meio ambiente”.
Na avaliação de Mauricio, essa cadeia da logística reversa tem outro ponto positivo que é a movimentação de pessoas, desde catadores, cooperativas, que fazem a coleta desses materiais, transportadores e, por fim, as pessoas que trabalham nessa logística reversa, gerando empregos e renda.
A Abree é uma entidade sem fins lucrativos, mantida por 54 empresas fabricantes e importadoras do setor de eletroeletrônicos. Além do esforço de catadores, cooperativas, varejistas e transportadoras, o presidente da Abree observou que é necessário também que haja conscientização do consumidor final sobre a importância do descarte ambientalmente correto.
Coleta
Em 2021, primeiro ano de implantação do sistema de logística reversa no setor de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, a Abree coletou 1,245 milhão de quilos de equipamentos no país.
“Todos esses produtos são destinados de maneira ambientalmente correta, com certificados de destinação final por empresas registradas nos órgãos ambientais.”
Para 2022, a intenção é aumentar esse número e enfrentar um outro desafio: o trabalho de conscientização do cidadão brasileiro.
A associação tem feito pesquisas em conjunto com universidades para entender o comportamento do consumidor em relação à destinação final de eletroeletrônicos.
Segundo Mauricio, o brasileiro sabe da existência da reciclagem, mas não atua em favor dela.
“Se cada um, mídia, associações, fabricantes de produtos, comerciantes, puder levar um pouco mais de informação e conscientização para o consumidor, eu acho que, em conjunto, nós conseguimos acelerar essa mudança de coletar que, com certeza, vai deixar o país muito melhor para as próximas gerações”, destaca Mauricio.
Fundada em 2011, a Abree tem o intuito de definir e realizar a gestão da logística reversa de produtos eletroeletrônicos e eletrodomésticos pós-consumo no Brasil, garantindo a destinação final adequada. A associação é responsável pela contratação, fiscalização e auditoria dos serviços prestados por terceiros, para a implementação de sistemas coletivos de logística reversa.
Edição: Lílian Beraldo


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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