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POLITÍCA NACIONAL

Aneel informa que revisão das tarifas de transmissão e distribuição terá período de transição

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POLITÍCA NACIONAL

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Tarifas dos Sistemas de Transmissão e Distribuição do Setor Elétrico. Hélvio Neves Guerra, Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
Hélvio Guerra espera uma expansão de 68 gigawatts de energia eólica e solar

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Hélvio Guerra disse nesta quarta-feira (8) aos deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara que a nova metodologia de cálculo das tarifas de transmissão e distribuição de energia elétrica terá um período de transição para a sua implementação.

O período será necessário porque a ideia é onerar menos quem usa menos o sistema e vice-versa, o que poderia beneficiar as regiões Sul e Sudeste em detrimento das regiões Norte e Nordeste, mais distantes dos centros de geração de energia elétrica.

A nova metodologia está em fase de consultas públicas, mas o diretor da Aneel informou que, na parte da tarifa relativa à geração de energia a região Sul, poderia haver uma redução de 71,5%. Já o Nordeste teria uma redução de quase 60% para a parcela relativa ao uso da rede. Ocorre que, no custo total da tarifa, a geração representa 36,1% enquanto a transmissão é apenas 7,3%.

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Energias renováveis
A preocupação dos representantes das empresas de energia solar e eólica, em franca expansão no Nordeste do País, é com o aumento dos custos relativos, como explicou Rafael Marques, da Associação Brasileira de Energia Eólica: “A diferença entre o remédio e o veneno é o tamanho da dose. Existem cuidados que devem ser observados ao longo deste processo. Tendo em vista o processo de consulta pública conduzido pela Aneel, ficou evidente que até o momento nenhuma das alternativas metodológicas se apresenta de maneira robusta o suficiente para ser aplicada de maneira imediata”, disse.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Tarifas dos Sistemas de Transmissão e Distribuição do Setor Elétrico. Dep. Danilo Forte UNIÃO-CE
Danilo Forte defendeu tratamento diferenciado à região Nordeste

O deputado Danilo Forte (União-CE) sugeriu que a Aneel trate de forma diferenciada os investimentos já existentes na região: “Inevitavelmente, vamos ter que construir uma transição no sentido de prorrogar a formatação atual até a conclusão das outorgas já existentes”, afirmou.

Hélvio Guerra disse que a agência espera uma expansão de 68 gigawatts de energia eólica e solar nos próximos anos. Estudos da Empresa de Pesquisa Energética afirmam que a mudança no cálculo das tarifas não deve tirar a competitividade das regiões Norte e Nordeste porque as energias renováveis seriam mais baratas.

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Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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