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Comissão discute tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas

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Gabriel Paiva/FotosPúblicas
Direitos Humanos e Minoria - índio - índios - indígenas - Indígenas protestam em Brasília contra o marco temporal e o PL 490, demarcação das terras indígenas.
Indígenas protestam contra o marco temporal em 2021

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados promove audiência pública na quinta-feira (23), às 10 horas, para discutir sobre os impactos da tese do marco temporal na vida dos povos indígenas. O debate foi solicitado pelos deputados Joenia Wapichana (Rede-RR), Vivi Reis (Psol-PA), Túlio Gadêlha (Rede-PE) e Camilo Capiberibe (PSB-AP).

A tese do marco temporal estabelece que as populações indígenas só
podem reivindicar terras para serem demarcadas desde que as ocupassem na
data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

“O marco temporal vem sendo utilizado pelo governo federal para
travar demarcações de terras indígenas, deixando muitos povos vivendo em
situações de violência, ameaças, invasões territoriais e extrema vulnerabilidade
social e cultural”, dizem os deputados no requerimento.

Foram convidados:

  • o coordenador jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Luiz Eloy Terena;
  • a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, membro da Comissão Arns;
  • o assessor jurídico do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Ivio Cípio Macuxi;
  • a representante do Grupo de Trabalho Indígena da Defensoria Pública da União (DPU) Daniele de Sousa Osório;
  • a procuradora da República do Ministério Público Federal (MPF), Márcia Zollinger;
  • o representante do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Luis Ventura;
  • a liderança indígena de Santa Catarina Brasílio Priprá Xokleng;
  • a jurista Déborah Duprat, ex-procuradora-geral da República; e
  • o jurista Carlos Frederico Marés, professor titular de direito socioambiental da PUC-PR e membro do Conselho Consultivo do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública.
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O evento será realizado no plenário 9.

Da Redação – AC

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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