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Jovens da Pavuna participarão do projeto Percursos Formativos do MAR

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O Museu de Arte do Rio (MAR) lançou hoje (28) o projeto Percursos Formativos, durante live em seu Instagram (@museudeartedorio). O programa é desenvolvido pela Escola do Olhar, polo educacional do museu, que visa formar e promover jovens da rede pública de ensino e de regiões periféricas do município do Rio de Janeiro na produção da arte e da cultura.

O projeto será desenvolvido no formato presencial com 12 jovens de 16 a 21 anos, moradores do bairro da Pavuna, zona norte da capital. Poderão participar da iniciativa estudantes de escolas e institutos das redes públicas de ensino municipal, estadual ou federal do Rio de Janeiro que estejam matriculados nos turnos da manhã ou da noite ou ainda jovens que tenham concluído o ensino médio, nos últimos dois anos, em escolas das redes públicas de ensino do Rio de Janeiro.

Será necessária a apresentação de histórico escolar oficial no momento do cadastro do participante. As inscrições serão feitas via internet até o dia 17 de julho. O edital também pode ser consultado na internet.

Formação

O projeto Percursos Formativos vai acompanhar os jovens selecionados em uma trajetória pelas áreas que estruturam o museu e suas competências: curadoria, museologia, educação, comunicação, produção cultural e administração. 

Tal como ocorreu no ano passado, quando o MAR escolheu jovens de Santa Cruz, na zona oeste, por seu impacto territorial e pelo fato de o bairro ser o último ramal da linha ferroviária da Central do Brasil, a Pavuna foi escolhida por ser a estação final do Metrô do Rio.

“A escolha da Pavuna se deu também por a gente estar buscando essa relação extramuros do museu”, explicou a gerente de Educação do MAR, Patrícia Marys, à Agência Brasil. “A gente busca essa relação de imersão do museu, tanto dos jovens, provocando essa relação aqui dentro, no território do museu, como também por a gente estar indo para a Pavuna, como fez no ano passado, com Santa Cruz”.

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Este é o quarto ano de realização do projeto Percursos Formativos. Em 2019, em sua primeira edição, foram reunidos jovens de vários territórios. No ano seguinte, em função da pandemia do novo coronavírus, o projeto foi realizado com jovens da zona portuária, em formato híbrido e, em 2021, foram os jovens de Santa Cruz, “pensando justamente na relação de impacto territorial, de a gente ter essa relação de extramuros do museu, de estarmos nos conectando com outros territórios”, destacou a gerente de Educação.

Imersão

Patricia esclareceu que, após conhecer as áreas do MAR, os jovens constroem um projeto coletivamente, no bairro em que moram. “Este ano, nosso intuito é fazer parcerias com instituições culturais da Pavuna, que partem de um mapeamento diagnóstico aqui do museu, como o Museu do Grafite e a Arena Jovelina Pérola Negra, mas a gente tem o interesse de os próprios jovens estarem nos passando os equipamentos culturais da Pavuna que eles identificam”. 

O programa é integrado por aulas, oficinas, palestras, visitas e outras experiências. Os percursos devem ser cursados integralmente pelos participantes ao longo da formação que se estenderá de 3 de agosto a 30 de novembro deste ano, com atividades presenciais e remotas às quartas, quintas e sextas-feiras, das 14h às 18h, salvo em dias de feriado, casos em que a reposição de aula será combinada.

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No total, serão 174 horas de atividades presenciais, com indicação de atividades complementares, como a participação em eventos promovidos pela Escola do Olhar nos formatos remoto e presencial. Os jovens selecionados receberão bolsas de estudo no valor de R$ 935 por mês, durante quatro meses.

A pré-seleção dos candidatos a serem entrevistados está prevista para ocorrer nos dias 18 e 19 de julho. O resultado dos pré-selecionados sairá no dia 20, com a entrevista virtual sendo realizada nos dias 21 e 22. O resultado final da seleção será divulgado no dia 23 de julho.

OEI

Iniciativa da prefeitura carioca em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o Museu de Arte do Rio passou a ser gerido pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) em janeiro deste ano, apoiando as programações expositivas e educativas do MAR a partir de um conjunto amplo de atividades para os próximos anos. A OEI é um organismo internacional de cooperação que tem na cultura, na educação e na ciência os seus mandatos institucionais, desde sua fundação, em 1949.

Para a OEI, o Museu de Arte do Rio representa um instrumento de fortalecimento do acesso à cultura, intimamente relacionado com o território, além de contribuir para a formação nas artes. “Temos no Rio de Janeiro, por meio da sua história e suas expressões, a matéria-prima para o nosso trabalho”, destaca Raphael Callou, diretor e chefe da representação da OEI no Brasil.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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