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Semana do Pescado quer criar nova temporada de consumo no 2º semestre

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O setor produtivo nacional realiza Semana do Pescado 2022 no período de 1º a 15 de setembro, uma campanha de incentivo ao consumo de peixes, moluscos e crustáceos. Idealizado pelo extinto Ministério da Pesca e Aquicultura, o evento pretende movimentar todas as regiões do país e envolverá supermercados, restaurantes, feiras livres e pontos de atacado e varejo, oferecendo espaços gastronômicos abertos para a população.

Em entrevista à Agência Brasil, Altemir Gregolin, membro da Coordenação Nacional do evento e presidente do Congresso Internacional do Peixe (IFC Brasil, do nome em inglês), disse que o objetivo da 19ª Semana do Pescado é estimular o consumo e criar uma segunda Quaresma, ou seja, uma nova temporada de consumo de pescado no segundo semestre. “No primeiro semestre, nós temos a Semana Santa e, no segundo semestre, o objetivo é criar uma nova temporada e, com isso, estimular o consumo, que seja uma prática cotidiana das pessoas, porque é mais saúde e, havendo mais consumo, estimula a produção em um país que tem um potencial gigante”.

A Semana do Pescado será lançada no dia 1º de setembro, durante a quarta edição do IFC Brasil, que ocorrerá em Foz do Iguaçu, no Paraná. A comissão organizadora elaborou uma agenda de trabalhos que consiste em envolver todos os setores ligados à cadeia produtiva pesqueira e aquícola; renovar a marca da campanha; movimentar as redes sociais oficiais da Semana do Pescado; promover reuniões e encontros; entre outras ações. 

Produção

Levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) revela que o Brasil produziu, no ano passado, 841.005 toneladas de peixes de cultivo (tilápia, peixes nativos e outras espécies), gerando receita de R$ 8 bilhões. O resultado representa crescimento de 4,7% sobre a produção de 2020 (802.930 toneladas). Em seis anos, esse mercado acumula aumento de 45,4%. A tilápia é a cadeia da piscicultura que mais cresce.

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No conjunto da pesca e aquicultura, o Brasil produz 1,6 milhão de toneladas, com faturamento em torno de R$ 20 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias dos Pescados (Abipesca). A expectativa dos coordenadores da 19ª Semana do Pescado é ampliar esses números. Gregolin esclareceu que um quilo de peixe por habitante/ano significa 213 mil toneladas, considerando a população do país. “Se a gente transformar isso em peixe vivo, há necessidade em torno de 500 mil toneladas de produção, com aumento de um quilo no consumo por habitante por ano de pescado processado. Nós temos o privilégio de ter um mercado gigante e, portanto, estimular o mercado interno é fundamental”.

Na média, o consumo atual de pescado no Brasil atinge 10 quilos por habitante ao ano, ainda abaixo do recomendado, que são 12 quilos por habitante/ano, e distante da média mundial de 20,2 quilos por habitante/ano. O presidente do IFC Brasil reconheceu que a população brasileira tem muitas outras opções, como frango e carnes bovina e suína, que muitos países não têm. “Então, o pescado disputa o mercado com essas outras proteínas”.

Potencial

Gregolin diz acreditar, entretanto, no potencial do consumo de pescado crescer no Brasil. “Temos um potencial grande, porque é a proteína mais saudável, porque a gente está crescendo muito na organização da cadeia, tendo, portanto, mais competitividade. O setor está sendo mais eficiente, reduzindo custo da produção, reduzindo o preço final para o consumidor, aumentando a produção nacional. Então, o setor produtivo tem, cada vez mais, melhores preços, melhor qualidade”. Gregolin, que é ex-ministro da Pesca e Aquicultura, reiterou que pescado é saúde, é a proteína mais saudável. “Por isso é a proteína mais consumida e mais comercializada no mundo”. Os países asiáticos são os maiores consumidores de peixe, liderados pelo Japão, onde o consumo por indivíduo alcança mais de 60 quilos por ano.

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Na última edição da Semana do Pescado, no ano passado, o segmento alcançou 30% de aumento no consumo em relação à edição de 2020.

Desempenho

O Paraná é o líder nacional de produção de peixes, com 172 mil toneladas em 2020 contra 154,2 mil toneladas no ano anterior. Um dos grandes destaques no estado é a tilápia, que cresceu 11,5%. Uma explicação para o excelente resultado é o desempenho cooperativista, com incentivos à produção.

Em segundo lugar, aparece São Paulo, com crescimento de 6,9% em 2020. De acordo com a Coordenação Nacional da Semana do Pescado, o que explica esse avanço é a regulamentação ambiental registrada nos últimos dois anos, além do fato de São Paulo ser um grande centro consumidor, o que atrai investimentos.

O bom desempenho dos peixes nativos coloca Rondônia na terceira posição no ranking produtor, mesmo tendo sofrido queda de 4,8% em 2020. O volume produzido de 65,5 mil toneladas ainda é bem acima do quarto colocado que é Santa Catarina, cuja produção cresceu 3% e atingiu 51,7 mil toneladas.

Pesca Extrativista

Principal representante do setor de pescado no Brasil, a Abipesca processa mais de 400 espécies de pescado, gerando cerca de 10 mil empregos diretos e 6 mil indiretos. São exportados a cada ano mais de US$ 400 milhões, com expansão de 10% na taxa anual de vendas ao exterior. 

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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