Search
Close this search box.
CUIABÁ

BRASIL

Rio inaugura mais uma praça adaptada para crianças com deficiências

Publicados

BRASIL

Três jovens cariocas, liderados por Cláudio Palhares, reinauguraram hoje (31) a Praça dos Sonhos, em Costa Barros, no Complexo da Pedreira, zona norte do Rio de Janeiro, levando à comunidade da região brinquedos adaptados para crianças portadoras de necessidades especiais. Por meio do projeto Adapta Rio, o trio está mobilizando a sociedade da capital fluminense para que crianças portadoras de necessidades especiais e também adultos com diferentes deficiências motoras possam ser beneficiados a partir da montagem de parquinhos inclusivos e adaptados em espaços públicos da cidade.

Tudo começou quando o jovem Cláudio Palhares, engajado em iniciativa da Escola Britânica, onde estudava, decidiu trabalhar com a organização não governamental (ONG) One by One catando lacres de latinhas para viabilizar a construção de cadeiras de rodas para pessoas com deficiência. Em contato com o padre Omar Raposo, reitor do Santuário do Cristo Redentor, Cláudio viu pela primeira vez um brinquedo adaptado. Influenciado por sua mãe, Ana Beatriz Palhares, que desde cedo ensinou aos filhos a importância do lado social, ele decidiu criar, em 2019, o projeto Adapta Rio, chamando os amigos Luiza Ourivio e João Roberto Duque Estrada para transformarem a ideia em realidade.

“Eu nunca tinha visto um brinquedo adaptado, principalmente em uma praça pública, para as crianças poderem brincar e serem incluídas nesse movimento adaptado”, disse Cláudio Palhares à Agência Brasil. “Naquele momento, eu sabia que tinha que ir atrás disso, de transformar o Rio mais adaptado, construindo praças”.

Leia Também:  Com fim de semana de trégua, chuva deve voltar ao RS nesta segunda

A primeira praça que o Adapta Rio proporcionou diversão para todos levando o parque adaptado foi a do Condomínio Pedra de Itaúna, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. O espaço já recebe inúmeras crianças do projeto One by One, cujo foco é auxiliar mais de mil menores de idade de baixa renda com necessidades especiais. “A gente lançou o nosso projeto piloto no condomínio onde a ONG está localizada e trabalha com várias crianças especiais. Achei que haveria uma demanda bem grande e seria super bom construir um parque adaptado ali para as crianças brincarem”. O local serviu também para os responsáveis pelo projeto Adapta Rio identificarem as necessidades em termos de manutenção dos brinquedos no longo prazo.

Costa Barros

“Deu tudo certo e, agora, estamos partindo para o segundo projeto”, comemorou Cláudio Palhares.

O projeto traz diversão e acessibilidade para todos os moradores de Costa Barros. A Praça dos Sonhos está localizada na antiga cracolândia da comunidade e ganhou um balanço e um gira-gira adaptados. Em Costa Barros, o projeto conta com a parceria da ONG local Recriando Raízes, idealizada por “tia” Ilma Rocha, líder da região, que dedica sua vida a transformar a vida de outras pessoas.

O bairro tem um dos maiores índices de violência da cidade do Rio de Janeiro, mas vem ganhando atenção de projetos sociais impulsionados pelo Riosolidario, obra social da cidade, junto com a ajuda de ONGs. Os brinquedos entregues na praça já vêm trazendo sonho e esperança para os moradores do local, que ganharam, inclusive, uma rampa de acesso, trazendo acessibilidade e inclusão ao local. A ideia é que essa praça seja um laboratório para mostrar que as pessoas da iniciativa pública e privada devem se unir para transformar espaços, indicou Cláudio.

Leia Também:  Fernanda Montenegro toma posse na cadeira 17 da ABL

Até agora, os brinquedos adaptados são adquiridos com recursos dos três jovens na empresa Decorlazer, de São Paulo. Eles estão abertos, entretanto, com apoio financeiro de entidades e empresas que queiram se tornar parceiras do Adapta Rio. “Nós temos, inclusive, placas nos brinquedos e estamos disponíveis a colocar marca, logo, nomes de parceiros que quiserem contribuir de maneira significativa para os projetos e que favoreçam as comunidades”, manifestou Cláudio Palhares.

Expansão

Ainda não foi definida a próxima praça ou comunidade que poderá ganhar os brinquedos adaptados. “Mas estamos sempre interessados em levar onde haja demanda ou necessidade, onde a gente possa levar inclusão e que tenha uma comunidade em volta que possa nos ajudar a fazer isso e que esteja necessitando de um parquinho adaptado como esse. Essa é a nossa missão. Não é só transformar o Rio, mas também trazer atenção à causa, para que o processo se estenda para vários estados, países e, quem sabe, no mundo inteiro”, disse o jovem.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

BRASIL

Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

Publicados

em

A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

Leia Também:  Jornalista da TV Brasil agredido em condomínio recebe alta de hospital

“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

Leia Também:  Fernanda Montenegro toma posse na cadeira 17 da ABL

Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA