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Quase 85% das pessoas de 10 anos ou mais acessam internet no Brasil

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Em 2021, 84,7% (ou 155,7 milhões) de pessoas de 10 anos ou mais, na população brasileira de 183,9 milhões, acessaram a internet. Esse percentual vem crescendo desde 2016, quando 66,1% da população nessa faixa etária tinham utilizado a rede, passando para 79,5%, em 2019, e 84,7% no ano passado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) 2021, divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2021, os resultados desse índice de pessoas que acessaram a internet no Norte (76,3%) e no Nordeste (78,1%) permaneceram inferiores aos alcançados nas demais regiões, apesar de o aumento, entre 2019 e 2021, ter sido maior nessas grandes regiões (6,3 pontos percentuais e 8,1 pontos percentuais, respectivamente).

No país, 85,6% das mulheres usaram a internet no ano passado, um pouco acima do percentual apresentado pelos homens (83,7%).

Estudantes

Em 2021, o percentual de pessoas que acessou a internet foi de 90,3% no grupo dos estudantes, ao passo que entre não estudantes o índice foi de 83,2%. Em relação ao ano anterior, houve aumento nos dois grupos, sobretudo entre não estudantes (5,8 p.p.).

“Quando se considera a rede de ensino, observam-se importantes diferenças no uso da internet pelos estudantes. Enquanto 98,2% dos alunos da rede privada utilizaram a internet em 2021, o percentual entre os da rede pública de ensino foi de 87%”, diz o IBGE.

Segundo a pesquisa, as diferenças regionais no uso da internet são mais marcadas entre os estudantes da rede pública. Assim, enquanto no Norte e no Nordeste os índices dessa parcela que utilizou a internet foram de 73,2% e 83,2%, respectivamente, nas demais grandes regiões variou de 91% a 92,2%.

Quando são considerados apenas os alunos da rede de ensino privada, o percentual de uso da internet ficou acima de 96% em todas as grandes regiões, alcançando praticamente a totalidade dos alunos no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste.

Grupos etários

Em 2021, o percentual de pessoas que acessou a internet no grupo de 10 a 13 anos foi de 82,2%. O índice cresceu sucessivamente nos grupos etários subsequentes e alcançou quase 95% no grupo de 25 a 29 anos, passando depois a cair até atingir 57,5% no grupo de 60 anos ou mais.

De acordo com o IBGE, ainda que venha crescendo em todos os grupos etários, o aumento foi mais acelerado nas idades mais elevadas, o que pode ter sido propiciado pela evolução nas facilidades para o uso dessa tecnologia e sua disseminação no cotidiano. Nesse sentido, o aumento do percentual de pessoas que utilizaram a internet, entre 2019 e 2021, foi maior nos grupos etários de 50 a 59 anos e de 60 anos ou mais de idade (aumentos de 8,9 pontos percentuais e 12,7 pp, respectivamente).

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A analista do IBGE Flávia Vinhaes observa que o aumento do uso da internet pelos que têm 60 anos ou mais se deu muito em função do isolamento social causado pela pandemia de covid-19, que obrigou os mais idosos a se familiarizar com a tecnologia para pedir comida e remédios em casa, manter contato com familiares e acessar serviços bancários.

Celular

Em 2021, na população de 10 anos ou mais de idade que usou a internet, o meio de acesso indicado pelo maior número de pessoas foi o telefone celular (98,8%), seguido, em menor medida, pela televisão (45,1%), o microcomputador (41,9%) e o tablet (9,3%).

O mesmo cenário foi observado em relação ao domicílio. Entre 2019 e 2021, houve aumento do uso da televisão para acessar a internet (12,9 pp) e redução do uso do microcomputador (4,3 pp) e do tablet (1,6 pp). A pesquisadora do IBGE destaca que foi a primeira vez que a televisão superou o computador como meio de acesso à internet.

“Considerando a condição de estudante, observou-se maior uso do microcomputador (51,7%), da televisão (49,4%) e do tablet (12,3%) para acessar a internet entre estudantes em 2021. Esses percentuais para não estudantes ficaram em 39,2%, 43,9% e 8,4%, respectivamente. O telefone móvel celular era usado por quase a totalidade tanto de estudantes quanto de não estudantes (97,9% e 99%, nessa ordem)”, diz a pesquisa.

O levantamento identificou que o grupo de estudantes não é homogêneo. Quando são separados por rede de ensino, há diferenças significativas no uso do computador, da televisão e do tablet para acessar a internet. Em 2021, enquanto 80,4% dos estudantes da rede privada acessavam a internet pelo computador, esse percentual era de apenas 38,3% entre os estudantes da rede pública.

O uso da televisão para entrar na internet ocorria para 64,6% dos estudantes da rede privada, sendo esse índice uma vez e meia o observado entre estudantes da rede pública (42,2%). No uso do tablet, a diferença chega a quase três vezes. O celular foi o principal equipamento utilizado para acessar a internet pelos estudantes tanto na rede pública (97,6%) quanto na privada (98,6%).

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O índice de pessoas que usaram a rede para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail, que era a finalidade mais frequente até 2019, ficou em 94,9% no ano passado.

Segundo o IBGE, conversar por chamadas de voz ou vídeo (95,7%) se tornou a finalidade mais informada em 2021, proporção que vem aumentando desde 2016, assim como a de pessoas que utilizaram a internet para assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (89,1%). Por outro lado, o percentual que acessou a internet com a finalidade de enviar e receber e-mail, que vinha se reduzindo a cada ano, manteve-se em 62% no ano passado.

No país, em 2021, 15,3% das pessoas de 10 anos ou mais de idade não utilizaram a internet. Os dois motivos mais apontados por esse contingente, formado por 28,2 milhões de pessoas, foram não saber usar a internet (42,2%) e falta de interesse em acessar a rede (27,7%). Os dois motivos seguintes foram de razão econômica e representaram, em conjunto, 20,2%: 14% disseram que o serviço de internet era caro e 6,2% afirmaram que o equipamento eletrônico necessário era caro. O fato de o serviço de acesso não estar disponível nos locais que as pessoas costumavam frequentar ficou em 5,3%.

Em 2021, 155,2 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone celular para uso pessoal, o que correspondia a 84,4% da população dessa faixa etária, percentual maior que o estimado para 2019 (81,4%). Porém, segundo o IBGE, havia grande discrepância entre os percentuais conforme a situação do domicílio. Enquanto 87,1% das pessoas que viviam em área urbana tinham celular para uso pessoal, esse índice era de 67,6% entre as pessoas da área rural.

De acordo com os pesquisadores, o acesso à internet por meio da telefonia móvel celular é um recurso de comunicação e de obtenção de informação que vem sendo visto cada vez mais no cotidiano de número crescente de pessoas.

De 2019 para 2021, na população de 10 anos ou mais de idade que tinha celular para uso pessoal, a parcela que tinha acesso à internet por meio desse aparelho aumentou de 91,7% para 94,8%. Na área rural, esse percentual cresceu de 80,7% para 89,1%, mas sendo ainda menor que o da área urbana, que aumentou de 93% para 95,5%.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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