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Ouvidoria Nacional da Mulher Advogada realiza reunião com ouvidora do CNJ

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A conselheira federal da OAB-CE e ouvidora adjunta do Conselho Federal da Ordem dos Advogados (CFOAB), Katianne Wirna, e a secretária-geral da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), Christiane Leitão, se reuniram com a ouvidora nacional da Mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desembargadora Tânia Regina Silva Reckziegel.

O objetivo do encontro, realizado na segunda-feira (19/9), foi o alinhamento de pautas em defesa da mulher. Em reunião, a desembargadora abordou a criação de ouvidorias da mulher em todos os estados da Federação. De acordo com Tânia, no momento de eleições, o foco são as mulheres que sofrem abuso ou violência na política, sendo, portanto, necessária a instalação de ouvidorias em cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

A desembargadora destacou que o apoio da OAB é fundamental nesse sentido. “Nós precisamos desse apoio da advocacia, é um assunto de extrema importância e ter a Ordem conosco dentro destas pautas é bastante relevante”.

No CFOAB a Ouvidoria da Mulher integra a Ouvidoria Geral e está atuando em parceria com a CNMA nas campanhas contra o assédio na advocacia. “A intenção primária é a troca de experiências entre a Ouvidoria Nacional e a Ouvidoria da Mulher do CNJ, pois já temos doze seccionais (da OAB) com Ouvidoria da Mulher implantadas. Nós vamos trabalhar juntamente com as pautas da CNMA, para que possamos dar o suporte e o devido direcionamento interno das demandas de assédio e violência”, disse Katianne.

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Recorte de gênero

A presidente da CNMA, Cristiane Damasceno, também ressalta a importância de uma ouvidoria direcionada às mulheres. “O papel da ouvidoria em uma instituição é extremamente importante, porque ela faz parte de um projeto de governança, de ouvir quais são as principais demandas do nosso público, que no caso é a advocacia. E, também, de levar uma resposta clara sobre as dúvidas que vêm pela ouvidoria. É importante fazer um recorte de gênero”, afirmou ela. “Temos um espaço em que as mulheres poderão falar, em especial as advogadas, em que poderão colocar suas dúvidas, seus problemas, os processos que muitas vezes não caminham, a necessidade de apoio para demandas particulares.”

Atualmente, a Comissão vem trabalhando com os temas da violência contra mulher sob diversos prismas. No mês de outubro, é a vez da violência na política. Nesse sentido, a secretária-geral da CNMA, Christiane Leitão, reforçou a importância da Ouvidora Nacional da Mulher do CNJ em levantar a pauta dentro dos estados. “Estamos fazendo uma rede, OAB, CNJ, TREs e os Tribunais de Justiça, para que possamos combater todos os tipos de violências contra as mulheres. E nós, mulheres advogadas, temos que estar no centro dessa discussão, não tem como estarmos fora. A vinda da Katianne para a ouvidoria trouxe um olhar diferenciado, temos pela primeira vez duas diretoras, temos a Conferência Nacional da mulher, em que estamos sempre trabalhando temas em defesa da mulher”, disse Christiane.

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A questão do trabalho em defesa da mulher nas ouvidorias do Conselho Federal foi uma iniciativa do conselheiro federal e ouvidor-geral do CFOAB, José Augusto Araújo de Noronha (PR), juntamente com o presidente Beto Simonetti e o Colégio de Presidentes. “A importância da Ouvidoria da Mulher é enorme, para qualificar o atendimento às mulheres na denúncia de assédio e de violência de gênero. É uma demanda antiga e que, com a instalação da Ouvidoria Nacional da Mulher, certamente contribuirá para que tenhamos ouvidorias estaduais da mulher em todas as OABs do País”, disse Noronha.

Resolução sobre enfrentamento do assédio

O CNJ instituiu a Resolução nº 351/22 que fala sobre o enfrentamento do assédio moral, sexual e discriminação e vem auxiliando a ouvidora nacional e demais trabalhos relacionados a classe feminina.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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