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Balé Macunaíma estreia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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O balé Macunaíma estreia hoje (22), às 19h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, localizado na região central da capital fluminense. Baseada no livro homônimo de Mário de Andrade, a obra integra o calendário de comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e tem classificação de 14 anos.

A sessão de estreia é voltada para as escolas públicas. “Nós vamos levar algumas escolas públicas para assistir, crianças e jovens para terem contato com o Theatro Municipal e com essa obra inédita que marca os 100 anos da Semana de Arte Moderna”, disse Tamoio Athaíde Marcondes, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Nos dias 23 e 24, haverá sessões às 19h para o público e no domingo (25), às 17h. Os ingressos têm preços de R$ 20 a R$ 80 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro.

Os ensaios foram iniciados em junho. São quase 50 bailarinos trabalhando no espetáculo multimídia de uma hora de duração, com direção de imagem e fotografia de Igor Correa e supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira. A concepção coreográfica de Carlos Laerte desconstrói os corpos dos bailarinos clássicos e traz a contemporaneidade da dança brasileira. A trilha sonora foi especialmente composta para a obra pelo compositor Ronaldo Miranda, e será executada durante o espetáculo pela Orquestra Sinfônica e pelo balé do Theatro Municipal, com coreografia de Carlos Laerte. 

Fruto de parceria entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),  o balé foi criado dentro do programa Arte de Toda Gente, com concepção do maestro André Cardoso, coordenador do projeto Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), que integra o programa junto com os projetos Bossa Criativa e Um Novo Olhar (UNO).

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Emancipação

Marcondes ressaltou que, este ano, o Brasil tem comemorações muito pertinentes: o bicentenário da Independência, que marca a emancipação do país, e os 100 anos da Semana da Arte Moderna, que comemora a emancipação artística, com todos os ícones que fazem parte dessa Semana de 1922, como o maestro Villa-Lobos, os escritores Mário de Andrade e Manuel Bandeira,  e o pintor Di Cavalcanti”. 

O presidente da Funarte diz também que o balé Macunaíma apresenta algumas peculiaridades em relação à entidade, que trabalha de maneira muito forte as artes integradas. “Esse balé, especificamente, é brilhante porque é uma junção de uma série de linguagens: a orquestra, com a linguagem da música; a própria dramaturgia, com encenações da dança do corpo de balé; as artes visuais”. Marcondes chamou a atenção para os efeitos visuais que o balé apresenta, com a transição do que é real, que são os bailarinos no palco, com o que está sendo transmitido na tela.

Além disso, a obra apresenta algo em que a Funarte tem trabalhado durante os dois últimos anos, que é a arte urbana. A cenografia, por exemplo, utiliza espelhos e foi desenvolvida por artistas do Museu do Grafite. Também no cenário e no figurino, destaca-se o padrão artístico de sustentabilidade, no qual a Funarte tem investido por meio da Lei Rouanet. Compõe ainda o cenário material reciclado pelo Coletivo Trouxinha, da UFRJ.

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O figurino é todo feito com elementos de sustentabilidade e reaproveitamento de material, e faz uma releitura do acervo do TMRJ, com linguagem moderna, cada vez mais buscando o reaproveitamento. 

O balé Macunaíma preserva as peculiaridades dos tons característicos das obras dos grandes pintores da época da Semana de Arte Moderna. “Quem for assistir, verá o amarelo de Anita Malfati, o azul cobalto de Portinari; o verde de Ismael Nery; o azul claro de John Graz; o laranja de Di Cavalcanti; o rosa de Milton Dacosta; o vermelho de Tarsila do Amaral. Tudo isso estará presente no cenário e vai ser notado, enaltecendo os artistas da Semana de Arte de 1922”, adianta Marcondes.

Floresta Amazônica

O balé tem um ato, quatro quadros e, como cenário inicial, traz a Floresta Amazônica, na região do Rio Uraricoera, terra natal de Macunaíma, onde vivem os índios Tapanhumas. A narrativa também é contada por meio da linguagem audiovisual. Os bailarinos contracenam com imagens e, em muitos momentos, “entram e saem da tela”.

A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, destacou o ineditismo do espetáculo, que conta com o apoio da Associação de Amigos do Teatro Municipal e patrocínio da Petrobras. “Macunaíma é um dos pontos altos da nossa temporada artística de 2022 e estamos muito felizes com a expectativa de entregar à população uma obra tão importante para a cultura nacional, feita em formato jamais visto que, com certeza, vai gerar impacto no público presente.”

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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