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SOS Mata Atlântica: mancha de poluição do Rio Tietê cresce 40%

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No Dia do Rio Tietê, celebrado hoje (22), relatório da Fundação SOS Mata Atlântica aponta que a mancha de poluição em um trecho monitorado aumentou 40% em um ano. Em 2021, a área poluída era de 85 quilômetros (km) e passou para 122 km neste ano. O estudo, que faz parte do projeto Observando os Rios, foi feito em parceria com a equipe técnica da causa Água Limpa. O rio também sofreu redução na água de boa qualidade, que passou de 124 km no ano passado para 60 km na atual medição. 

O Tietê é o maior rio paulista, com mais de mil quilômetros, cortando o estado de leste a oeste. O manancial é dividido em seis bacias hidrográficas. O monitoramento da SOS Mata Atlântica foi feito por 35 grupos voluntários entre setembro de 2021 e agosto de 2022, abrangendo 576 quilômetros do rio, da nascente, em Salesópolis, até a jusante da eclusa do Reservatório de Barra Bonita. 

A análise foi feita em 55 pontos de coleta distribuídos por 31 rios da bacia do Tietê. Entre os pontos monitorados, a qualidade da água foi classificada como boa em sete (12,7%), regular em 34 (61,8%), ruim em 10 (18,2%) e péssima em quatro (7,3%). Desde 2010 não há registro de água de ótima qualidade.

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De acordo com a SOS Mata Atlântica, o principal motivo para a perda de trechos com qualidade de água boa e da piora constatada, especialmente no interior do estado, é a transferência de sedimentos contaminados acumulados no reservatório de Pirapora do Bom Jesus para o Médio Tietê. Esses sedimentos reúnem remanescentes de esgotos e também de fontes difusas de poluição, como lixo, defensivos agrícolas, fuligem de carros, entre outros.

Outro fator importante destacado pela fundação é a expansão das cidades, com o surgimento de novas grandes áreas urbanas na região do Tietê. Segundo a entidade, embora a região metropolitana de São Paulo tenha uma qualidade da água abaixo do aceitável, houve melhora nos últimos anos em função de obras de saneamento.

Governo

A Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente destacou, em nota, que, na comparação com 2019, houve um recuo de 25% da poluição, “quando a mancha foi registrada em 163 quilômetros do rio dos 576 monitorados pela fundação”.

Segundo o governo paulista, o Programa Novo Rio Pinheiros ligou o esgoto de 650 mil imóveis à rede de tratamento e o projeto Tietê, em funcionamento desde 1992, ampliou a rede de coleta de esgoto de 70% da área urbanizada para mais de 90%. Além disso, a secretaria aponta que o tratamento foi ampliado de 24% para 85% do volume coletado na Região Metropolitana de São Paulo.

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Ainda de acordo com a pasta, o governo paulista vai assinar contrato, em setembro, de financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o programa Renasce Tietê. Devem ser investidos R$ 500 milhões em ações de recuperação do rio

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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