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Conselho Federal da OAB recebe a Missão Observação Eleitoral para as Eleições

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A OAB Nacional e a Organização dos Estados Americanos (OEA) se reuniram, nesta terça-feira (27/9), na sede do Conselho Federal para alinhar a atuação de ambas durante o primeiro turno das eleições gerais deste ano, que ocorreu no próximo domingo, dia 2 de outubro. A OEA tem uma missão de acompanhamento das eleições que já está no Brasil e cumpre agenda tanto em Brasília como em São Paulo. 

O presidente do CFOAB, Beto Simonetti, ressaltou que ambas as entidades terão algumas agendas em comum e, portanto, podem manter diálogo para colaborar uma com a outra. As duas, por exemplo, produzem um relatório sobre o processo eleitoral na semana seguinte ao primeiro turno. 

“No domingo, ficamos o dia todo acompanhando, aqui no Conselho Federal. A vigilância é o mais importante para nós. Isso porque, assim, poderemos intervir o mais rápido possível, se for necessário. Havendo alguma intercorrência e chegando ao nosso radar, a nossa ação é imediata”, disse Simonetti.

Ele ressaltou, ainda, como o consórcio entre OAB e OEA é bem-vindo. “Nos associar à OEA é uma honra para nós. Acredito que seria importante materializarmos essa parceria para que ficasse um diálogo perene. Seria um importante legado da e para a OAB esse diálogo institucional”, disse. “A partir da OAB, podemos construir uma grande rede de defesa da democracia.”

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A Missão de Observação Eleitoral (MOE) da OEA no Brasil é integrada por 55 especialistas e observadores de 17 nacionalidades e chefiada pelo ex-chanceler do Paraguai Rubén Ramírez Lezcano. Ele esteve na OAB acompanhado da chefe da seção de Observação Eleitoral da OEA, Brenda Santamaria, e do subchefe da Missão, Ignacio Alvarez.

“Esta reunião é muito importante para nós, porque a defesa da democracia no Brasil significa um importante desafio que temos diante de nós. Não somos vinculados a governos, não somos juízes. Somos observadores e respeitamos a constitucionalidade do Brasil. Temos na nossa agenda uma relação direta de conversa com as autoridades nacionais e de diferentes vertentes eleitorais e da sociedade civil e é muito importante termos uma visão integral”, disse Rubén Ramírez Lezcano. 

A Missão estará presente em 15 estados (Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo) e no Distrito Federal. Além disso, no dia da eleição, observará a votação em três cidades estrangeiras (Porto, Miami e Washington, DC). A equipe da Missão conta com especialistas que irão monitorar os aspectos em matéria de tecnologia e organização eleitoral, votação no exterior, Justiça Eleitoral, financiamento político, campanhas e liberdade de expressão, participação política de mulheres, participação de grupos indígenas e afrodescendentes e violência eleitoral.

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A OAB também acompanha as eleições em todo o país. O presidente e o vice-presidente da Comissão Especial de Direito Eleitoral, Sidney Sá das Neves e Rafael de Alencar Carneiro, respectivamente, estiveram no encontro. 

“Uma das nossas funções específicas, em assessoria ao Conselho Federal e à diretoria, é justamente o acompanhamento junto ao TSE. Seríamos, portanto, os primeiros observadores das nossas próprias eleições do ponto de vista da lisura do pleito”, disse Neves. 

Ele também acrescentou que, hoje, no Brasil, há mais de 1,6 mil zonas eleitorais e a OAB se faz presente em todas elas. “Em razão da capilaridade da Ordem, a gente sempre disponibiliza um advogado para cumprir esse papel de entidade fiscalizadora, com o MP e o próprio Poder Judiciário. E, nestas eleições, com muito maior razão estaremos presentes em cada uma, com membros também das comissões eleitorais acompanhando de perto, para buscar a pacificação e evitar quaisquer questionamentos que não sejam razoáveis do ponto de vista inclusive dos resultados do pleito.”

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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