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Estudantes de escolas públicas apresentam ópera em homenagem a Caymmi

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Ô canoeiro, bota rede no mar. Cerca o peixe. Bate o remo. Puxa corda. Colhe a rede. Ô canoeiro, puxa rede do mar”. É com essa rima acelerada da música Canoeiro, de Dorival Caymmi, que começa o espetáculo Ópera Caymmar, que será apresentado amanhã (29), no Teatro da Caixa Nelson Rodrigues, no centro do Rio de Janeiro.

A interpretação é da Orquestra Sinfônica Juvenil de Duque de Caxias, formada por estudantes de escolas públicas do Rio. O espetáculo será também transmitido ao vivo no Youtube e no Facebook

A Ópera Caymmar é um musical inédito, com obras de Dorival Caymmi, inspirada nos personagens que povoam as canções do renomado cantor, compositor e pintor. A história é cheia de conflitos e paixões e se passa na Vila de Caymmar, onde a pescadora Jana e o irmão, o empresário Gusmão, precisam resolver as diferenças, depois da trágica morte dos pais. A direção é de Jay Vaquer e o texto de Ana Gabriela Dickstein.

O espetáculo é resultado do projeto Geração de Sons, trabalho educacional de formação musical voltado para estudantes de escolas públicas do Instituto Brasileiro de Música e Educação (IBME).

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“A gente passou dois anos muito desafiadores [de pandemia] e queria trazer uma reflexão sobre a nossa vida, sobre a alegria de viver, e estamos trazendo a rede. O Caymmi traz do fundo do mar suas memórias, suas lembranças. E queremos trazer isso, memórias afetivas, de alegria, de arte, de cultura da nossa diversidade. É um musical de rede e de tudo vamos trazer na rede, coisas boas lá do fundo da alma”, diz a idealizadora do musical e diretora da orquestra, Moana Maia.

Dorival Caymmi nasceu em Salvador, em 1914, e tornou-se uma das principais figuras da música popular brasileira. Morreu em 2008, no Rio de Janeiro. Para escrever o espetáculo, Ana Gabriela mergulhou na obra do artista. “Ele tem uma trajetória bastante diversificada e muito interessante, porque teve passagem por várias cidades brasileiras. Tem relação muito profunda com o Brasil e, ao mesmo tempo, levou e elevou o nome do país internacionalmente. Tem uma trajetória riquíssima e um repertório enorme, muito variado, que vai muito além das canções praieiras”, diz.

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Fazem parte do repertório músicas como Samba da minha terra, Marina, Suíte dos Pescadores e Maracangalha. O cantor e compositor Danilo Caymmi, filho de Dorival, participará do espetáculo.

“Isso é uma oportunidade maravilhosa de aproximar os jovens dessa música, e eles estão curtindo muito”, afirma Moana. Apesar do desafio de executar as obras, que são complexas, ela conta que os estudantes estão se divertindo. “Eu estive nos ensaios e vi os meninos se divertindo muito. Termina a música e eles riem, gargalham, é um clima de brincadeira. Acho que as pessoas vão ver isso amanhã. Eu me diverti muito”.  

A Ópera Caymmar será apresentada nesta quinta-feira às 19h, no Teatro da Caixa. Os ingressos custam R$ 2. A apresentação conta com os atores e cantores Fabiano Leandro, Ju Marins, Yasmin Tozzi e Fernando Leão; com participação especial de Danilo Caymmi. As músicas são interpretadas pela Orquestra Sinfônica Juvenil de Duque de Caxias, com regência de Vinícius Louzada. O patrocínio é da Caixa.

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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