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Região dos Lagos recebe companhia de teatro de bonecos sobre rodas
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A companhia teatral BuZum! iniciou hoje (14), na Região dos Lagos, uma série de apresentações gratuitas dos espetáculos Perigo Invisível e O Grande Perigo, levando diversão, alegria e conhecimento, por meio do teatro de bonecos, para crianças de 3 a 11 anos de idade de escolas públicas da região, em especial escolas da periferia e escolas rurais. Serão visitadas, até o próximo dia 27, escolas das cidades de Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Araruama, Saquarema e Rio Bonito.
A companhia de teatro BuZum! nasceu em 2010, com a ideia de colocar rodas no teatro e levar o teatro ao encontro do público, disse à Agência Brasil a diretora da companhia, Mari Gutierrez. O objetivo é levar apresentações gratuitas ea escolas públicas no Brasil inteiro. Para isso, a companhia conta com patrocínio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
“A gente transformou o ônibus em uma sala de teatro. Essa é a ideia principal do BuZum!. As crianças entram dentro do ônibus para assistir os espetáculos”, disse Mari. O grupo ficou parado de março de 2020 até setembro de 2021, devido à pandemia do novo coronavírus, e retornou à atividade em outubro do ano passado, em novo formato, com as apresentações fora do ônibus.
Palco no ônibus
“A gente monta uma estrutura de palco na escola, em uma praça ou no espaço que a Secretaria Municipal de Educação nos destinar e faz as apresentações no mesmo modelo do BuZum!”, informou a diretora da companhia. São feitas sete sessões diárias para 50 crianças por sessão.
As apresentações vão ocorrer fora do ônibus até o final deste ano, mas a diretora disse que espera que em 2023 as apresentações retornem para dentro do ônibus, “porque isso significa um diferencial. É algo a mais você entrar no ônibus e ter um teatro de animação, teatro de bonecos”. O repertório da companhia reúne 17 espetáculos, no total, dos quais dois serão mostrados nessa temporada, no estado do Rio de Janeiro.
Desde 2021, o grupo teatral visita escolas públicas fluminenses. “O BuZum! já tem o público certo”, afirmou a diretora. Quando as apresentações são abertas e feitas em praças e parques, a programação é anunciada pela companhia teatral em suas redes sociais, onde as pessoas podem interagir com os organizadores. Nas apresentações feitas para escolas, os patrocinadores selecionam os locais onde querem que o grupo vá e a companhia teatral entra em contato com as secretarias de Educação, que selecionam as escolas que vão receber o projeto, sempre em dias úteis, no período letivo.
Programação
Nesta sexta-feira (14), o espetáculo O Grande Perigo se apresenta na Escola Municipal Prefeito Oscar Bandeira do Carmo Magalhães, no bairro São Miguel, em Iguaba Grande. São quatro sessões no período da manhã e três no período da tarde.
Nos dias 17 e 18, os espetáculos serão levados às escolas municipais Rubem Arruda Câmara e Jardim Primavera, em São Pedro da Aldeia. Os bonecos do BuZum! também serão levados aos os municípios de Araruama (dias 19 e 20), nas escolas Praça Escola Prefeito Afrânio Valladares e Praça Escola Com. Sergio Ribeiro de Vasconcellos; Cabo Frio, na Escola Municipal Maestro Rui Capdeville (dia 21); Saquarema (dias 24 e 25), na Escola Municipal João Machado da Cunha; Rio Bonito (dias 26 e 27), nas escolas municipais Dr. Honesto de Almeida Carvalho e Dr. Astério Alves de Mendonça.
Arte e cultura
O objetivo do grupo teatral é percorrer o país promovendo a arte e a cultura junto às crianças que, muitas vezes, nunca assistiram a um espetáculo teatral e acabam sendo fortemente impactadas pelo lúdico e pelo conteúdo educativo relacionado a cada tema que permeia os espetáculos.
Na Região dos Lagos e em Rio Bonito, a companhia conta com patrocínio do Instituto CCR, onde atua a concessionária CCR ViaLagos, responsável pela administração da Rodovia dos Lagos, ou Via Lagos, principal ligação do Rio de Janeiro com a Costa do Sol, conhecida como Região dos Lagos.
Mari Gutierrez informou que no espetáculo O Grande Perigo, a personagem central é a tartaruguinha Tatá. “A gente mostra a importância do uso e descarte corretos do plástico”. O público é orientado sobre a necessidade da preservação dos mares e oceanos e sobre o quanto a poluição é prejudicial à fauna marina, em especial, o plástico.
Já o espetáculo Perigo Invisível fala da importância dos bons hábitos de higiene. “Os personagens centrais são um vírus, uma bactéria e um fungo que têm um plano de infectar o maior número de crianças possível que não têm bons hábitos de higiene”, disse Mari. A peça fala da fase da infância em que as crianças não gostam de tomar banho nem de escovar os dentes e não lavam as mãos corretamente. O plano das três personagens ruins acaba fracassando e as crianças voltam a ter saúde, entendendo a importância de se cuidarem e terem hábitos saudáveis. “Acho que é um alerta para esse momento da infância. A gente fala da importância também da vacinação e do saneamento básico; da importância de ter esgoto nos municípios.”
Meta
Segundo Mari Gutierrez, a partir de 2023, a meta do BuZum! é retomar as apresentações dentro do ônibus e percorrer mais cidades fluminenses, introduzindo sempre espetáculos novos, na medida em que consiga obter outros patrocínios.
As apresentações gratuitas aliam também o espetáculo do palco com o conteúdo da sala de aula, uma vez que a companhia de teatro fornece para as escolas material pedagógico para que os educadores trabalhem temas transversais nas aulas. As crianças ganham um teatro de papel para brincarem e criarem as próprias histórias com seus bonecos e cenários.
Em seus 12 anos de existência, completados no último mês de setembro, o BuZum! contabiliza mais de 500 mil quilômetros percorridos para realizar 15 mil apresentações para mais de 700 mil espectadores em mais de 2.600 escolas públicas de 300 cidades de 11 estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Maranhão, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Ceará e Santa Catarina), além de Porto Suarez, na Bolívia. Cada trajeto do BuZum! pode ser acompanhado pelo ‘site’ www.buzum.com.br ou pelo perfil no Instagram @ProjetoBuZum.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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