BRASIL
Crianças e adolescentes a espera de adoção visitam o Cristo Redentor
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Um grupo de 40 crianças e adolescentes na fila de adoção visitou hoje (27), o Santuário Cristo Redentor na terceira edição da campanha Braços Abertos para Adoção, uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Rio com apoio do Santuário Arquidiocesano do Cristo Redentor e do Trem do Corcovado. O encontro teve a finalidade incentivar e dar visibilidade ao tema da adoção, destacando a importância do acolhimento destes jovens.
No evento, as crianças receberam lanches, presentes, visitaram as instalações do Cristo Redentor, a maior parte pela primeira vez, receberam informações sobre a história da construção do monumento e demonstraram emoção durante o passeio.
“É muito legal, estou adorando”, disse com alegria Samanta, há três anos vivendo em um abrigo. Já Bernardo destacou do que mais gostou: “Adorei ver o Maracanã”. Os irmãos Juan, de 12 anos, e Renan, de 13, estão há cerca de um ano à espera de adoção e nunca tinham ido ao Cristo. Os dois já têm planos para o futuro: ingressar na carreira militar.
O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, disse que a iniciativa é motivo de orgulho para o Judiciário.
“Temos que sempre trabalhar com quem faz o bem, com quem está sempre próximo das pessoas, olhando para os necessitados. A Igreja, aqui representada, é um braço muito forte neste trabalho tão bonito, tão importante, que a gente ajuda a realizar na nossa cidade, no nosso estado. Esse programa Braços Abertos para Adoção é uma iniciativa que dá muito orgulho a toda a Justiça brasileira, especialmente a Justiça do Rio de Janeiro”, disse.
O juiz Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância, da Juventude e do Idoso, ressaltou a relevância de não idealizar padrões para a adoção.
“Nossa ideia é trazer estas crianças e adolescentes para o convívio comunitário, apresentá-los a um ponto turístico maravilhoso e lembrar as pessoas da adoção real, com quem realmente existe, está para adoção e aguardado somente esse sinal de amor”, disse.
O reitor do Santuário Cristo Redentor, padre Omar Raposo, fez uma breve celebração no local, com oração e palavras de amor e esperança.
“O Cristo está há 91 anos de braços abertos, olhando pela cidade, sendo realmente um grande símbolo do nosso país, que comunica esperança, acolhimento, verdade e amor. Um evento que já está na sua terceira edição e que traz, sem dúvida nenhuma, um avanço na nossa conscientização em torno de um tema que é tão sensível. Sejam todos bem-vindos ao Cristo Redentor, é um dia tão bonito para podermos celebrar, Deus nos presenteou com uma manhã especial, que nossas crianças aqui sejam marcadas pela alegria e pela fé. Que toda a sociedade olhe com mais generosidade esse tema tão importante para todos nós”, disse.
Adoções
Maria Beatriz, de 10 anos, e Thales, de 9, compareceram ao evento, mas já com uma grande conquista: os dois foram adotados há cerca de uma semana. Ela agora mora na Tijuca com os pais e uma irmã de 21 anos; ele tem nova residência no Andaraí com o carinho de pai e mãe. Ambos ficaram cerca de 1 ano e meio à espera de adoção.
Atualmente, no estado do Rio, existem 254 crianças disponíveis para adoção, de acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Desse total, 83,1% são declaradas pardas ou pretas, a maioria é do sexo masculino (59,7%) e mais da metade tem mais de 8 anos. Participaram da visita 40 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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