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Conduta profissional e cursos de direito são tema da reunião de presidentes seccionais em Pirenópolis

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Durante a segunda reunião ordinária do Colégio de Presidentes dos Conselhos Seccionais da OAB, neste sábado (12/11), a direção nacional da entidade e dirigentes regionais discorreram sobre temas pertinentes à conduta profissional e ao ensino jurídico. 

Coordenadora nacional de Fiscalização, a secretária-geral adjunta da OAB Nacional, Milena Gama, apresentou a carta produzida no 1º Encontro Nacional de Órgãos de Fiscalização do Sistema OAB, ocorrido em setembro, em Fortaleza.

Entre as propostas do documento, estão estimular a unificação dos sistemas de tramitação de denúncias envolvendo a fiscalização da atividade profissional, fomentar a estrutura física dos conselhos de fiscalização das seccionais, bem como a produção de carteiras próprias de identificação profissionais responsáveis e fomentar a criação de procuradorias de procuradorias de fiscalização para adotar medidas judiciais.

A presidente da OAB-BA, Daniela Borges, destacou que tais iniciativas são importantes, porém precisam ser ampliadas. Segundo Daniela, em seu estado há diversos casos de advogados que atuam sem inscrição suplementar. Além disso, lembrou que há práticas de advocacia predatória, em que escritórios ajuízam cerca de cinco mil ações em uma comarca no interior, sem ter inscrição suplementar. 

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Os problemas quanto à idoneidade também foram apontados pela vice-presidente da OAB-PA, Luciana Neves Gluck Paul. “A falta de unificação sobre as informações dificulta a averiguação sobre a tramitação de processos disciplinares”, disse. 

O Colégio de Presidentes decidiu que as propostas apresentadas pela coordenadora nacional de Fiscalização são pertinentes. Os apontamentos feitos no Colégio devem ser acatados, principalmente no que se refere à sugestão de criação de banco de dados, gerido pela OAB Nacional, de compartilhamento de informação sobre processos disciplinares e criminais instaurados contra advogados.

Ensino Jurídico

Com a proliferação dos cursos de Direito, em paralelo com a baixa aprovação no Exame de Ordem, o Colégio de Presidentes também trouxe à pauta o ensino jurídico. Atualmente, o índice de aprovação nacional é de cerca de 20%.

Conforme destacou o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, a Ordem já está em tratativa com o Ministério da Educação para fiscalizar as instituições de ensino que estão prestando ensino de qualidade baixa. O objetivo é “apresentar um raio-x do ensino jurídico’”. Aquelas instituições que apresentam boa qualidade seguirão recebendo o Selo OAB Recomenda de qualidade.

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Assim, o Colégio de Presidentes decidiu que irá apresentar novo pedido de providência à nova gestão do MEC de suspender abertura de novas vagas e novos cursos de Direito, e extinguir a modalidade EAD, baseando-se em dados concretos sobre a qualidade dos cursos vigentes.

Fonte: OAB Nacional

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CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

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A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

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Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

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