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“Novo centro de ressocialização vai transformar a condição socioeducativa dos adolescentes”, afirma juiz

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Os investimentos realizados pela atual gestão estadual para a construção do novo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Sinop (480 km de Cuiabá), que vai transformar o atendimento a adolescentes em conflito com a lei na Região Norte do Estado, foram reconhecidos pelo juiz da Vara de Infância de Juventude de Sinop, Jacob Sauer. Nesta segunda-feira (28.11), o magistrado e a secretária-adjunta de Justiça, Lenice Barbosa, fiscalizaram de perto o andamento da obra. 

“Não se trata de uma simples ampliação da quantidade de vagas, mas de uma transformação na capacidade socioeducativa. Nós teremos condições dar foco na educação, nos cursos profissionalizantes, para que, efetivamente, o adolescente saia da unidade melhor e diferente”, disse o magistrado.  

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) destinou, por meio do programa Mais MT, R$ 13 milhões para a construção de uma unidade com 3.059 m², e que terá capacidade para internação de até 60 adolescentes em conflito com a lei, três vezes maior do que a atual unidade. As obras iniciaram em novembro do ano passado e mais de 85% da estrutura já está pronta, com previsão de entrega para o primeiro trimestre de 2023.

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A secretária-adjunta de Justiça, Lenice Barbosa, observou que, na atual unidade, os adolescentes internados vivem em condições improvisadas, com poucas chances de socialização, e comemorou que a obra do Estado é uma evolução que vai corrigir o abandono do sistema socioeducativo ocorrido nas gestões anteriores. 

“Na atual realidade, os adolescentes dormem em alojamentos escuros e sem ventilação natural, lá não tem janelas, mas essa realidade vai mudar em breve. Construímos alojamentos espaçosos com janelas, permitindo a entrada da luz, circulação do ar natural, e o mais importante: terá ventiladores fixos e água refrigerada encanada no quarto”, detalhou.

 

A gestora da unidade Cláudia Queiroz lembrou que desde quando assumiu a função de socioeducadora, em 2013, esperou por investimentos que pudessem melhorar as condições de trabalho do servidor e de ensino para aplicação dos métodos da socioeducação para, assim, promover a efetiva socialização dos egressos. 

“Essa nova realidade é algo que não víamos ao longo dos últimos nove anos. Está é a primeira vez que efetivamente, eu, como servidora, me senti valorizada, recebendo computadores novos para trabalhar e condições de aplicar a socioeducação de modo que vai refletir direto na vida do adolescente”, destacou.

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Além de 30 alojamentos, a nova unidade vai contar espaço multiuso para desenvolvimento de projetos e cursos profissionalizantes, biblioteca, cozinha, refeitório, sala de atendimento médico e odontológico. Os adolescentes terão duas salas de aula equipadas com monitores de 70 polegadas e ar condicionado. 

Diante dos novos investimentos, o juiz Jacob Sauer disse se sentir feliz com os resultados alcançados pela atual gestão juntamente com o judiciário. Ponderou, ainda, que a nova unidade terá capacidade para atender a demanda da Região para os próximos 20 anos. 

“Nós teremos condições de fazer um trabalho de mais resultado, e, nesse aspecto, o governo do Estado está de parabéns por fazer a sua parte. Todos temos que caminhar no mesmo rumo, cada um dentro das suas atribuições, mas com o mesmo foco: atender os interesses da criança e dos adolescentes da melhor maneira possível”, finalizou o magistrado.

Fonte: GOV MT

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Estudo revela déficit de 5 milhões de hectares de Reserva Legal no Mato Grosso e alerta para risco de embargos  

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Durante reunião realizada entre o Fórum Agro MT e a Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), o perito da Polícia Federal, Bernardo Tabaczenski, apresentou estudo que trouxe números alarmantes sobre a situação da Reserva Legal no Mato Grosso, especialmente no bioma amazônico. O levantamento, baseado em dados oficiais do Cadastro Ambiental Rural (CAR), revela um déficit de 4,9 milhões de hectares em todo o bioma de áreas que precisam ser compensadas ou recuperadas no estado.

Segundo Tabaczenski, que ocupa cargo técnico-científico na PF, os resultados foram assustadores. “Eu obtive números que julguei assustadores. Hoje, no bioma amazônico de Mato Grosso, temos quase 29 milhões de hectares de imóveis rurais cadastrados. O déficit de Reserva Legal chega a 5,6 milhões de hectares”, afirmou.
O estudo foi apresentado no InterForensics 2025, em Curitiba, e no Conbrap 2025, em João Pessoa, e contou com a participação de outros dois peritos criminais federais.

De acordo com Tabaczenski, a falta de regularização pode trazer sérios impactos para o setor produtivo. “Essas áreas, quando não regularizadas ambientalmente, correm risco de embargo. O custo de recuperação é altíssimo. Imagine recuperar áreas produtivas em Sorriso ou Nova Ubiratã, que valem milhões. Isso é um fantasma para o produtor”, destacou.

O levantamento aponta que, mesmo considerando todas as áreas privadas passíveis de compensação em unidades de conservação, o número não chega a 700 mil hectares — muito abaixo da necessidade. “Dos 4,9 milhões de hectares de déficit, 4,2 milhões estão totalmente desprotegidos. Isso equivale a um terço da área de soja plantada em Mato Grosso. Ou regularizamos, ou haverá embargos. O problema é urgente”, afirmou.

Apesar de a legislação federal e um decreto estadual permitirem compensação em outros estados da Amazônia Legal, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) tem dificultado a aplicação da medida.

“Existe todo o caminho legal para permitir compensação fora do Estado, mas a Sema ainda não percorreu. Talvez falte o conhecimento da realidade dos dados para que haja uma ação mais efetiva. Enquanto Pará e Rondônia já compram reservas em outros estados, Mato Grosso, que sempre foi vanguarda, está ficando para trás”, alertou o pesquisador.

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O deputado estadual e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Carlos Avallone se manifestou sobre o tema, e defendeu alterações na legislação para permitir maior flexibilidade.

“Isso traz uma lupa em todo esse processo ambiental e mostra que precisamos sair na frente e autorizar que possamos comprar áreas de compensação em outros estados”, declarou.

Avallone afirmou que pretende articular com o governador Mauro Mendes e com a Assembleia Legislativa para viabilizar uma solução que dê segurança ao setor produtivo. “Se não resolvermos essa questão, o risco de embargo para o produtor será enorme. Temos que permitir que tudo seja feito de forma transparente e legal, porque o déficit é perigoso e precisa de solução urgente”, concluiu o parlamentar.

Já o deputado Nininho manifestou forte preocupação com a dificuldade de regularização e com o impacto das mudanças na legislação ambiental. “Acredito que esse déficit seja resultado de alterações na lei que mudaram os critérios de exploração. Antes, em áreas de floresta, era permitido utilizar 50%, hoje só 20%. No Cerrado, caiu de 80% para 65%. Isso dificultou ainda mais a vida do produtor”, afirmou.

Nininho defendeu a união entre Assembleia, Governo e entidades do setor para encontrar uma saída equilibrada. “Nós temos que fazer esse enfrentamento. Dialogar com a Sema e o Governo, de forma desarmada, para achar um critério justo, que seja bom para o meio ambiente, mas que não seja injusto com os produtores”, completou.

Lei Complementar 801/2024

Avallone também defendeu cautela na regulamentação da LC 801/2024 em Mato Grosso, o parlamentar destacou a importância da lei para fomentar a industrialização no estado. Aprovada pela ALMT e sancionada pelo governador, a LC aguarda, desde o mês de dezembro, sua regulamentação. O texto altera regras do Plano de Desenvolvimento do Estado, impactando incentivos fiscais e a concessão de armazéns, além de fomentar investimentos na industrialização.

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O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) afirmou que a lei representa um avanço, mas destacou que a regulamentação precisa ser feita com cautela, para evitar brechas que possam comprometer sua efetividade.

“É uma legislação que já foi aprovada e sancionada, dependendo apenas da regulamentação por decreto. Mas é fundamental que cuidemos dessa regulamentação para fechar as portas e não permitir nenhum tipo de subterfúgio que facilite práticas incorretas, que não é o que nós queremos”, declarou.

Minuta de alteração da fitofisionomia em Mato Grosso

O encontro também discutiu a minuta do projeto de alteração da fisionomia vegetal de Mato Grosso. De acordo com o deputado estadual Chico Guarnieri o projeto visa trazer mais segurança e objetividade aos técnicos.

“A grande verdade é que esse projeto que deve ser apresentado visa deixar as coisas mais claras e objetivas para os técnicos que farão a avaliação de tipologia. No passado, houve muitos problemas com esses analistas. Então, um texto mais claro, objetivo e transparente pode proporcionar segurança jurídica tanto para quem analisa quanto para os produtores”, pontuou.

O parlamentar Diego Guimarães destacou que o projeto traz segurança jurídica ao setor produtivo e que o novo texto será mais profundo e consistente.

“Nós precisamos que o que é floresta seja classificado como floresta e o que é cerrado, seja classificado como cerrado, o modelo que tínhamos era arcaico, injusto e era pouco profundo, nós precisávamos aprofundar e aí, reconhecendo depois o veto do governador, a Assembleia, juntamente com a FPA-MT, passou por esse novo momento do aprofundamento, esmiuçando um pouco mais, trazendo critérios extremamente objetivos, com a finalidade de trazer essa justiça e segurança jurídica para todos os envolvidos. Eu creio que o Mato Grosso vai estar em uma vanguarda gigante, caso a gente possa apreciar, aprovar e colocar na vigência uma lei deste tipo”, explicou.

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