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Conselho de Ética pode votar processos sobre quebra de decoro parlamentar nesta terça

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Alan Rones/Câmara dos Deputados
Deputados estão sentados num plenário. Ao fundo há um telão
Deputados reunidos no Conselho de Ética

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados pode votar nesta terça-feira (6) processos disciplinares contra sete deputados: Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP), Éder Mauro (PL-PA), Kim Kataguiri (União-SP), Wilson Santiago (Republicanos-PB), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Glauber Braga (Psol-RJ).

  • Bia Kicis foi acusada pelo Psol e pelo PT de insuflar motim da Polícia Militar da Bahia, ofender o Supremo Tribunal Federal, criticar nas redes sociais a recomendação do uso de máscaras (Representações 5/22 e 6/22) e divulgar dados pessoais de médicos que participaram de debate sobre vacinação contra a Covid-19 (Representação 17/22).

A parlamentar se defende. “Estamos vendo as nossas prerrogativas e nossa imunidade parlamentar sendo violadas”, protestou Bia Kicis, argumentando que a postagem em suas redes sociais é uma opinião pessoal e acusando a oposição de atacar sua liberdade de expressão.

O relator das representações 5/22 e 6/22 é o deputado Pinheirinho (PP-MG); já a Representação 17/22 é relatada pelo deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG).

  • Carla Zambelli foi acusada pelo PT de disseminar informações falsas sobre a pandemia de Covid-19 nas redes sociais (Representação 7/22) e de fazer postagem ofensiva ao senador paulista Humberto Costa (Representação 12/22).

A defesa de Carla Zambelli afirmou que a publicação é “mero exercício da liberdade de expressão” da deputada.

O relator da primeira representação é o deputado Mauro Lopes(PP-MG); já a segunda é relatada pelo deputado Marcelo Nilo (Republicanos-BA).

  • Éder Mauro foi acusado pelo Psol e pelo PT de desrespeitar as deputadas Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Maria do Rosário (PT-RS) em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Representação 9/22).
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Éder Mauro nega ter ofendido as deputadas. Ele ressalta ainda que não aciona o Conselho de Ética quando é chamado de “matador e miliciano”. “Se for feito o contrário, os deputados não vão mais trabalhar aqui nesta Casa, pois vão ficar respondendo mutuamente a ofensas em Plenário ou pelas redes sociais”, criticou o parlamentar.

O relator do processo contra Éder Mauro é o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS).

  • Kim Kataguiri foi acusado pelo PP e pelo PT de fazer apologia ao nazismo por concordar com fala de apresentador que defendia a legalidade de partido nazista no Brasil (representações 18/22 e 19/22).

Em defesa entregue ao Conselho de Ética, Kataguiri disse que só se manifestou favorável ao livre debate de ideias durante uma entrevista. “Mesmo ideias das quais discordo com veemência”, ressaltou. “Não defendi a legalização de qualquer partido político extremista”, concluiu o parlamentar.

O relator dessas representações é o deputado Adolfo Viana (PSDB-BA).

  • Wilson Santiago é acusado pelo Novo por denúncias de crimes de organização criminosa e corrupção passiva investigados pela Procuradoria-Geral da República (Representação 1/22).

O relator desse processo é o deputado Alexandre Leite (União-SP).

Em defesa apresentada ao Conselho de Ética, o parlamentar diz que “as pretensas práticas delitivas não ocorreram no exercício do mandato, não detendo, sequer, relação com o exercício da função pública”.

  • Eduardo Bolsonaro é acusado por PSB, PT, PDT, Psol e PCdoB por quebra de decoro por publicação nas redes sociais que supostamente ofendia as mulheres integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (Representação 8/22).
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A defesa do deputado argumenta que não houve ofensa, nem danos e que a publicação foi “mera crítica humorística e por deputado federal imune constitucionalmente por suas opiniões, palavras e votos”.

O relator do processo é o deputado Igor Timo (Pode-MG).

  • Glauber Braga é acusado pelo PL de ter-se comportado de forma desrespeitosa e agressiva contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na sessão de votações no dia 31 de maio (Representação 24/22).

A defesa de Braga afirma que ele não quebrou o decoro e que apenas manifestou-se “com a veemência que o momento requeria”. “Houve uma disputa política e ideológica, própria e rotineira das atividades parlamentares”, argumenta a defesa.

O relator do processo é o deputado Marcelo Nilo.

Novo processo
Além da votação desses pareceres, o Conselho de Ética deve instaurar um processo contra o deputado André Janones (Avante-MG).

Ele é acusado pelo PP e PL de divulgar fake news em suas redes sociais (Representações 26/22 e 27/22, ambas apensadas).

Após a abertura do processo será sorteada uma lista tríplice para escolha do relator do caso.

O Conselho de Ética reúne-se às 14 horas, no plenário 11.

Da Redação – ND

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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