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Comissão aprova projeto que viabiliza repasse federal de acordo da Lei Kandir para 144 municípios

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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Deputado Luiz Lima discursa no Plenário da Câmara. Ele é branco, tem cabelo preto e veste um terno cinza e segura um papel
Luiz Lima recomendou a aprovação do projeto do Senado

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 60/22, do Senado, que viabiliza a transferência de recursos federais referentes ao acordo da Lei Kandir para 144 municípios.

São os municípios que não enviaram no prazo (até 13 de janeiro de 2021) a declaração de renúncia a todas as ações judiciais contra a União sobre perdas de arrecadação com a antiga lei.

A renúncia das ações é uma exigência da Lei Complementar 176/20, que formalizou o acordo entre a União, estados e municípios para encerrar as disputas judiciais. O acordo foi intermediado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando se definiu um montante de mais de R$ 60 bilhões a serem pagos pela União aos entes federados entre 2020 e 2037.

O projeto determina que seja reaberto, por 45 dias, o prazo para que esses 144 municípios possam regularizar a documentação e passem a receber as cotas de transferências federais, inclusive as atrasadas, já que a liberação do dinheiro começou em 2020. São 67 municípios do Nordeste, 47 do Sudeste, 16 do Sul e 14 do Norte.

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Prejuízos
O relator do projeto na comissão, deputado Luiz Lima (PL-RJ), defendeu a reabertura do prazo. “Sem a entrega da declaração de renúncia, os municípios que perderam o prazo permanecerão sem receber os recursos, com claros e injustificáveis prejuízos para suas finanças”, disse o parlamentar.

Ele afirmou que a perda do prazo decorreu das trocas de mandato nas prefeituras ocorridas no início daquele ano – em 2020 houve eleições municipais.

Lima recomendou ainda, em seu parecer, a rejeição do projeto apensadoPLP 26/21, da deputada Leandre (PSD-PR), que prorroga em 30 dias o prazo para envio da declaração de renúncia de ações judiciais.

Tramitação
A proposta será analisada agora na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Depois seguirá para o Plenário da Câmara.

Reportagem – Janary Júnior
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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