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Exposição no Masp apresenta trabalho de Cinthia Marcelle

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O Museu de Arte de São Paulo (Masp), localizado na Avenida Paulista, inaugura hoje (14) mostra individual da artista Cinthia Marcelle. Esta será a primeira panorâmica dedicada ao trabalho de Marcelle no Brasil e apresenta 49 obras, dez delas realizadas especialmente para esta exposição. Chamada Cinthia Marcelle: Por Via das Dúvidas, a mostra é realizada no segundo subsolo do museu e fica em cartaz até o 26 de fevereiro.

As obras selecionadas para a exibição cobrem quase duas décadas de produção da artista contemporânea e, entre elas, há trabalhos que foram produzidos em parceria com o cineasta Tiago Mata Machado e o artista sul-africano Jean Meeran. A curadoria é de Isabella Rjeille.

O trabalho de Cinthia Marcelle estuda a maneira como os objetos, as ideias e os conceitos são ordenados no mundo. Por meio de instalações, fotografias, vídeos, pinturas, colagens e desenhos, ela discute a hierarquia, as estruturas de poder e a ordem das coisas. Suas obras mostram ainda a passagem do tempo, que vai se revelando principalmente pela prática da repetição e do acúmulo.

O título da exposição, por exemplo, se refere a um trabalho da artista que consiste em desenhar um muro de tijolos com um rolo de fita crepe e uma folha de papel. A fita e o papel são da mesma cor, confundindo figura e fundo. Com o tempo, a fita envelhece e ganha tons amarelados, destacando-se sobre o papel.

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Seu trabalho também é conhecido pelas figuras constantes do estudante e do trabalhador. Materiais provenientes de ambientes escolares ou da construção civil são utilizados em alguns dos trabalhos, aludindo à força de transformação social. Em um deles, por exemplo, a artista utiliza uma cadeira escolar que foi usada por estudantes secundaristas durante as ocupações das escolas públicas em 2016. Essa cadeira é equilibrada apenas por um punhado de giz, refletindo sobre o fato de os secundaristas desafiarem a ordem das coisas para alterar os rumos da educação brasileira.

Cinthia Marcelle: por via das dúvidas integra a programação bienal do Masp dedicada às histórias brasileiras, por ocasião do bicentenário da Independência do Brasil, celebrado neste ano.

Às terças-feiras, o Masp tem entrada gratuita. Para isso, é necessário fazer um agendamento prévio. Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site https://masp.org.br/exposicoes/cinthia-marcelle .

Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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