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POLITÍCA NACIONAL

Comissão aprova proibição de mudança unilateral em contratos de unidades integradoras

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POLITÍCA NACIONAL

Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Deputado Bosco Saraiva fala ao microfone
Bosco Saraiva recomendou a aprovação com mudanças no texto original

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que proíbe as agroindústrias que atuam em unidades integradoras de promoverem, unilateralmente, ajustes em contratos de produtores integrados. Unidades integradoras são parcerias de produção entre produtores rurais e agroindústrias.

De acordo com o Projeto de Lei 8311/17, a proibição alcança apenas os contratos firmados com produtores que participam da Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec) ou do Fórum Nacional de Integração (Foniagro). A primeira funciona como um órgão de solução de conflitos e definição de padrões de produção da integração. O segundo define as diretrizes nacionais das unidades integradoras. Ambos formados por representantes dos dois lados da parceria.

O projeto altera a Lei da Integração Agropecuária, que criou os dois colegiados acima e estabeleceu direitos e deveres para produtores rurais e agroindústrias que realizam contratos de parceria de produção integrada.

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O relator, deputado Bosco Saraiva (Solidariedade-AM) defendeu a aprovação do texto que, segundo ele, aprimora o arranjo de governança da Cadec e do Foniagro ao proibir qualquer tipo de alteração contratual como forma de represália.

Saraiva optou por alterar o texto original, na forma de substitutivo, para deixar claro que representantes dos dois colegiados não poderão ser discriminados em relação a outros produtores em razão de valores econômicos definidos nos contratos de produção integrada.

Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A palavra final será do Plenário da Câmara, já que ela perdeu o caráter conclusivo após ter sido rejeitada na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados Federais

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MATO GROSSO

Governo Lula cede à pressão e revoga norma de monitoramento do Pix

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que ampliava o monitoramento das movimentações financeiras, incluindo transações realizadas via Pix. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita, Robison Barreirinhas, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

A medida, que inicialmente previa que operadoras de cartões de crédito, fintechs e carteiras digitais informassem à Receita transações acima de R$ 5 mil mensais realizadas por pessoas físicas, gerou uma onda de críticas e pânico na população. Essa ampliação do monitoramento, que antes era restrito aos bancos tradicionais, foi vista como uma ameaça à privacidade financeira e desencadeou reações negativas em massa, especialmente nas redes sociais.

Sensação de insegurança e repercussão negativa

Segundo Barreirinhas, a norma foi alvo de distorções que acabaram gerando um clima de insegurança. Para evitar maiores danos, o governo optou por revogar a medida. “Houve um grande mal-entendido que prejudicou a confiança da população, algo que nunca foi a intenção da Receita Federal”, explicou o secretário.

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Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo editará uma medida provisória (MP) com o objetivo de assegurar a gratuidade e o sigilo do Pix. “Queremos garantir que o Pix continue sendo um instrumento acessível e confiável, sem qualquer tipo de taxação ou diferenciação de taxas em relação a pagamentos em dinheiro”, afirmou Haddad.

Fake news e manipulação política

A decisão também foi motivada pela disseminação de informações falsas que alimentaram a desconfiança pública. Um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) alertando para uma suposta taxação futura do Pix viralizou nas redes sociais, pressionando ainda mais o governo. Haddad criticou a postura de políticos que, segundo ele, agiram de forma irresponsável para manipular a opinião pública e ampliar a insatisfação.

Compromisso com transparência

Apesar da revogação, Haddad reiterou que o governo continuará trabalhando para regulamentar o sistema financeiro, promovendo segurança e transparência, mas sem prejudicar trabalhadores informais ou pequenos empreendedores. “O governo está atento à necessidade de modernizar a regulamentação sem colocar em risco o bem-estar da população”, concluiu.

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A revogação da norma marca um recuo significativo do governo Lula, que decidiu agir rapidamente para conter os danos políticos e restaurar a confiança pública em um dos sistemas financeiros mais utilizados e valorizados pelos brasileiros.

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