POLITÍCA NACIONAL
Rodrigo Maia se despede da Câmara e diz que vai atuar no setor privado
POLITÍCA NACIONAL

O deputado Rodrigo Maia (PSDB-RJ) usou a tribuna do Plenário nesta terça-feira para o seu último discurso como deputado federal. Ele não concorreu a cargo eletivo nas eleições de 2022 e encerra seu sexto mandato em 31 de janeiro do ano que vem.
“Depois de seis mandatos como deputado federal, tendo tido a oportunidade de presidir a Câmara por dois mandatos e mais alguns meses, não poderia deixar de usar a tribuna pela última vez – não para me despedir, porque ninguém sai da política, mas para agradecer”, disse. Rodrigo Maia foi presidente da Câmara dos Deputados de 2016 a 2021.
Ele afirmou que deve voltar para a iniciativa privada, agora que não terá mais cargo eletivo. “Entendi apenas que era o momento de eu me dar a oportunidade de voltar para a iniciativa privada, estudar mais, me preparar mais, para poder ajudar mais”, disse. Maia iniciou a faculdade de Economia na Universidade Cândido Mendes em 1989, mas não concluiu o curso. Também trabalhou em instituições financeiras antes de ingressar na política.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que Maia será um importante aliado na discussão dos temas tributários econômicos e fiscais. “Rodrigo Maia merece toda a homenagem. Tenho certeza de que você será, como sempre, um vencedor”, disse.
Trajetória
Ao analisar sua trajetória política, Rodrigo Maia destacou pautas aprovadas quando estava à frente da Câmara e que considerou bem-sucedidas: reforma trabalhista, novo marco regulatório do saneamento, reforma da Previdência, novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Ele também destacou a atuação da Câmara durante a pandemia de Covid 19. “Na pandemia, a Câmara de Deputados foi peça fundamental e liderou as principais votações. Eu encerro esse meu ciclo aqui com muito orgulho e muita alegria”, disse. Neste período, Maia liderou articulação em favor da criação do Auxílio Emergencial, do Orçamento de Guerra e outras ações para mitigar os efeitos da fase aguda da pandemia.
Defensor da reforma administrativa, que não foi aprovada, Rodrigo Maia criticou a aprovação de aumento salarial para o serviço público nesta terça-feira. “Já que estamos tratando de salário, a gente vê o hiato que existe entre os salários dos servidores públicos federais e os seus equivalentes no setor privado, o que concentra poder. Se alguém está ganhando muito, outros estão ganhando menos”, criticou.
Ele disse que vai votar a favor da PEC da Transição. “Como eleitor no segundo turno do presidente Lula, eu acredito que a gente deve colaborar”, disse.
Biografia
Depois que deixou a presidêcia da Câmara, Maia assumiu a secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do Estado de São Paulo entre agosto de 2021 e outubro de 2022. Pediu demissão após o governador Rodrigo Garcia declarar apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições.
Na Câmara, Rodrigo Maia foi líder do extinto DEM, presidente da comissão especial da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e relator da reforma política de 2015.
Ele nasceu em Santiago, Chile, em 1970. À época, seu pai, o político César Maia, estava no exílio.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Wilson Silveira
Fonte: Câmara dos Deputados Federais
GERAL
Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.
A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.
O que é essa tarifa e como funciona?
A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.
Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.
Exemplo simples:
Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:
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Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.
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Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.
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Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.
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Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.
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Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.
Como isso afeta o Brasil?
A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:
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Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.
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Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.
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Perda de mercado para concorrentes de outros países.
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Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).
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Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.
Quais produtos serão mais afetados?
A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:
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Carnes bovina, suína e de frango
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Café
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Suco de laranja
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Soja e derivados
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Minério de ferro e aço
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Aeronaves e peças da Embraer
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Cosméticos e produtos farmacêuticos
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Celulose, madeira e papel
Brasil pode retaliar?
O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.
E o consumidor brasileiro, será afetado?
Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.
O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).
A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.
O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.
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