BRASIL
Com novos projetos, diretora de cinema Tetê Moraes chega aos 80 anos
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A cineasta brasileira Tetê Moraes completa 80 anos neste domingo (22), cheia de novos projetos. A data começa a ser festejada segunda-feira (23), com a exibição gratuita de Lages, a Força do Povo, primeiro longa-metragem de Tetê, no Estação Net Rio, em Botafogo, zona sul da cidade, às 20h, com cópia remasterizada e digitalizada.
O documentário, que aborda a experiência de uma administração municipal democrática e participativa, na cidade catarinense de Lages, no período de 1977 a 1982, foi filmado logo após o retorno de Tetê do exílio, em 1982, e o início da redemocratização no país.
A exibição do longa será precedida por um bate-papo mediado pela atriz Lucélia Santos, que integrou a equipe de transição do governo Lula na área de cultura, pela própria Tetê Moraes e pelo cineasta Noilton Nunes, cujo curta-metragem Leucemia 78 – O Filme da Anistia também será exibido na ocasião.
A premiada documentarista Tetê Moraes atendeu convite da produtora Juliana de Carvalho, da Bang Filmes, e decidiu reunir mulheres com idades semelhantes, para conversar sobre a experiência da passagem do tempo e saber como elas estão vivenciando esse momento. Os encontros serão transformados no documentário Mulheres Maravilhosas, que inclui relatos de mulheres famosas e anônimas, de raças e classes sociais diferentes, para falar de suas experiências de vida.
A produtora Juliana de Carvalho adiantou que serão abordadas desde “ideias expostas por Simone de Beauvoir [escritora francesa] no seu famoso e precursor livro O Segundo Sexo, até a atriz norte-americana Jane Fonda em O Melhor Momento, passando por Graça Graúna, Conceição Evaristo, Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Mirian Goldenberg, Heloisa Buarque de Hollanda, Ana Claudia Quintana Arantes, Helena Celestino, Renata Correa e Rosiska Darcy de Oliveira, entre outras”.
Tetê Moraes se disse animada com o novo projeto, em que abordará um tema muito discutido atualmente, que é o etarismo, ou preconceito contra os mais velhos. Tetê comentou que, 40 anos após seu primeiro longa, o Brasil está vivendo um momento semelhante ao daquela época. “Apesar de não estarmos vivendo uma redemocratização e uma redescoberta do país, é como se fosse. Pois tivemos um desmonte muito sério nos últimos anos em vários setores como a cultura, a saúde, o meio ambiente e a educação, além do fascismo que imperou no Brasil.”
Experiência
Nascida no Rio de Janeiro em 1943, Tetê formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1966, iniciando carreira profissional no jornalismo. Presa pela ditadura militar, partiu para o exílio, morando no Chile, nos Estados Unidos, na França e em Portugal. Com a anistia, retornou ao Brasil em 1979 e tornou-se professora do Departamento de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Estreou no cinema dirigindo o curta-metragem Quando a Rua Vira Casa, em 1981. No ano seguinte, veio o primeiro longa-metragem, Lages, a Força do Povo. Tetê Moraes dirigiu e produziu obras, como a série Brazil, Brazil, de 1985, para a BBC e outras emissoras de televisão europeias.
A consagração veio em 1987, com Terra para Rose, documentário sobre a luta pela reforma agrária, com narração de Lucélia Santos, que ganhou o prêmio de melhor filme nos festivais de Cinema de Brasília e de Havana.
Edição: Nádia Franco
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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