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Comércio com Venezuela deve focar produtos industriais, diz embaixador

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Com o Brasil voltando a ter uma representação diplomática na Venezuela, há a expectativa da retomada do comércio entre os dois países. Para o embaixador Flávio Macieira, do Itamaraty, essa relação deve focar mais em produtos industriais, que têm um maior valor agregado, do em matéria-prima.

“O que vejo mais imediatamente é uma relação de comércio muito intensa. O que acontecia nesse período anterior é que o Brasil é um grande fornecedor, mas não só de matéria prima, não só de produtos agrícolas, mas do que é interessante nesse comércio e que vai voltar a ser, é que havia um porcentual muito alto de produtos industriais, o que é uma exportação de alto valor agregado. É um comércio que interessa muito, que cria muita expectativa dentro do Brasil”, disse Macieira.

Brasil e Venezuela dividem uma fronteira de 2.200 quilômetros. O fluxo comercial entre os dois países atingiu o pico em 2012, quando as trocas comerciais chegaram a quase US$ 6 bilhões. Desde então, houve queda de mais de 85% do fluxo comercial, por conta, principalmente, da crise política e econômica enfrentada pelo país vizinho. 

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A embaixada do Brasil no país vizinho foi reaberta em 18 de janeiro e uma missão diplomática atua no local. A expectativa é revitalizar a integração regional com a Venezuela, que possui uma fronteira de mais de 2 mil quilômetros com o Brasil.

Aos poucos, a embaixada do Brasil em Caracas, capital da Venezuela, está retomando as atividades. Segundo o embaixador Flávio Macieira, do Ministério das Relações Exteriores, por enquanto, a missão diplomática brasileira está empenhada em dotar o local de condições de trabalho.

“Eu estou cumprindo esta missão em duas etapas. A primeira etapa é de uma abertura da embaixada, formal, e a embaixada já está aberta, mas é claro que nós estamos empreendendo lá uma remontagem. É preciso reavaliar e colocar em marcha os serviços. Os equipamentos estão empacotados e estão sendo desempacotados, por isso minha presença em Caracas é uma presença sobretudo administrativa”, disse o embaixador.

A embaixada brasileira em Caracas foi fechada em março de 2020. A relação entre Brasil e Venezuela foi retomada no dia 2 de janeiro, logo após a posse do presidente Lula. Entre 20 e 25 mil brasileiros vivem no país vizinho e podem ser beneficiados pela medida. 

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Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Internacional

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GERAL

Trump assina tarifa de 50 % sobre todas as importações de produtos brasileiros para os Estados Unidos: confira como isso afeta o Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que impõe tarifa de 50% sobre todas as importações de produtos brasileiros que entram no território americano. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto e já causa forte reação entre produtores, exportadores e autoridades brasileiras.

A nova tarifa, que dobra o custo para empresas americanas que compram produtos brasileiros, representa uma mudança radical nas relações comerciais entre os dois países. Antes da medida, a maior parte desses produtos era taxada em cerca de 10%, dependendo do setor.

O que é essa tarifa e como funciona?

A tarifa anunciada por Trump não afeta compras feitas por consumidores brasileiros, nem produtos adquiridos por sites internacionais. Ela vale exclusivamente para produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, ou seja, aqueles enviados por empresas do Brasil para serem vendidos no mercado americano.

Isso significa que, se uma empresa brasileira exporta carne, café, suco ou qualquer outro item, ele chegará aos EUA com 50% de imposto adicional cobrado pelo governo americano.

Exemplo simples: 

Para entender como isso afeta na prática, veja o exemplo abaixo:

  • Imagine que você é um produtor de suco no Brasil e exporta seu produto aos EUA por R$100 por litro.

  • Antes da tarifa, o importador americano pagava esse valor e revendia com lucro no mercado local.

  • Com a nova medida, o governo dos EUA aplica 50% de tarifa. Ou seja, seu suco agora custa R$150 para o importador.

  • Esse aumento torna o produto muito mais caro nos EUA, podendo chegar ao consumidor final por R$180 ou mais.

  • Resultado: o importador pode desistir de comprar de você e buscar outro fornecedor — como México, Colômbia ou Argentina — que não sofre com essa tarifa.

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Como isso afeta o Brasil?

A imposição dessa tarifa tem impactos diretos e sérios para a economia brasileira, especialmente no agronegócio e na indústria de exportação. Veja os principais efeitos:

  • Queda na competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

  • Quebra ou renegociação de contratos internacionais já assinados.

  • Perda de mercado para concorrentes de outros países.

  • Redução nas exportações, com consequências econômicas e sociais no Brasil (queda de faturamento, demissões, retração de investimentos).

  • Pressão sobre o governo brasileiro para reagir com medidas diplomáticas ou tarifas de retaliação.

 

Quais produtos serão mais afetados?

A medida de Trump atinge todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, mas os setores mais atingidos devem ser:

  • Carnes bovina, suína e de frango

  • Café

  • Suco de laranja

  • Soja e derivados

  • Minério de ferro e aço

  • Aeronaves e peças da Embraer

  • Cosméticos e produtos farmacêuticos

  • Celulose, madeira e papel

Brasil pode retaliar?

O governo brasileiro já sinalizou que poderá aplicar medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano. A ideia é aplicar tarifas semelhantes sobre produtos americanos exportados ao Brasil, mas isso depende de negociações diplomáticas e análise de impacto.

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E o consumidor brasileiro, será afetado?

Neste primeiro momento, não. A medida de Trump não se aplica a compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros, nem muda os impostos cobrados sobre importações pessoais.

O impacto é sobre o mercado exportador brasileiro, que depende das compras feitas por empresas americanas. No médio e longo prazo, porém, se os exportadores perderem espaço nos EUA e tiverem que vender mais no Brasil, os preços internos podem oscilar, tanto para baixo (excesso de oferta) quanto para cima (reajustes para compensar perdas).

A tarifa de 50% imposta por Trump é uma medida com alto potencial de desequilibrar o comércio entre Brasil e Estados Unidos. Empresas brasileiras correm o risco de perder contratos, mercado e receita. A decisão política tem impacto direto na economia real — do produtor de suco ao exportador de carne.

O governo brasileiro já avalia uma resposta, enquanto produtores tentam entender como seguir competitivos em um cenário que muda de forma drástica.

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