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Edifício A Noite pode ser comprado pela prefeitura carioca

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A prefeitura do Rio quer adquirir o edifício A Noite, situado na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro, pelo valor de R$ 28,9 milhões. O preço foi fixado em setembro do ano passado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), na modalidade venda direta, após três tentativas frustradas de leilão.

Primeiro arranha-céu da América Latina, o prédio foi inaugurado em 1929. Em nota, o governo municipal informou que “o desejo foi registrado em um ofício enviado na quarta-feira (1º) à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck”. Também em nota, a Secretaria de Patrimônio da União do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos confirmou o recebimento da proposta e informou que “ela será analisada. Tão logo tenhamos alguma definição, ela será amplamente noticiada”.

Procurada pela Agência Brasil, a direção da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR), da prefeitura carioca, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não está dando entrevistas sobre o assunto. “Os detalhes de como será feita a aquisição ainda estão sendo fechados por nós”, explicou.

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Com 22 andares e 102 metros de altura, o prédio foi projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire, que desenhou também os projetos dos hotéis Glória e Copacabana Palace. Foi sede do jornal A Noite e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, além do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em 1940, o edifício A Noite passou para o poder da União. A Rádio Nacional, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), funcionou no local até 2012, quando foi transferida para o bairro da Lapa, também no centro do Rio, em razão de reformas que seriam efetuadas no local. O projeto de construir no arranha-céu o Museu do Rádio não prosperou.

Leilões

O primeiro leilão aconteceu no dia 30 de abril de 2021, no formato virtual, com lance mínimo fixado em R$ 98 milhões. Mas não houve interessados. O segundo leilão foi marcado para 7 de junho do mesmo ano, com valor mínimo de R$ 73,5 milhões, também sem propostas. A última tentativa frustrada de venda do imóvel ocorreu em 14 de julho do ano passado, pelo preço de R$ 38,5 milhões.

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Atualmente, o prédio está vazio, sem uso e custa mais de R$ 1 milhão por ano à União com manutenção de elevadores, segurança, brigadistas e taxas de concessionárias. O edifício foi tombado em 2013 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em duas categorias: Belas Artes, por suas características arquitetônicas e inovações artísticas, e Histórico, pela importância que teve na história do rádio e da cultura brasileira.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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