MATO GROSSO
Vereadora faz BO contra escola por recusar vaga para filho autista
MATO GROSSO
POR RD NEWS
A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), fez um boletim de ocorrência contra o Colégio Coração de Jesus, em Cuiabá, após o filho dela, de 13 anos, ter a vaga negada por ser autista. Maysa fez um relato do caso em suas redes sociais neste domingo (5) e afirmou que irá tomar outras providências.
“Em janeiro deste ano, fomos fazer a matrícula do nosso filho J.L., no Colégio Coração de Jesus, que nos tratou muito bem, informou que tinham vagas, explicaram sobre o material didático com entusiasmo até saberem que J. é autista, a vaga instantaneamente desapareceu!”, escreveu. Procurado, o Colégio Coração de Jesus informou ao RD NEWS que irá se pronunciar sobre o caso ainda na tarde desta segunda-feira (6).
Segundo registro feito ela vereadora, no dia 11 de janeiro, ela e o marido foram com o filho para conhecer o ambiente escolar e a coordenadora do colégio informou que haviam quatro vagas na instituição, sendo duas para o período matutino e dois para o período vespertino. Ao indagar a quantidade de aluno por sala e informar a condição especial do filho, a unidade teria mudado o tratamento, afirmando que já “possui muitos alunos como ele” e que a instituição “tem limites para crianças como ele”.
“Eu não queria que meu filho percebesse o que estava acontecendo, não queria feri-lo, não queria que ele entendesse que, por ser autista, aquela escola não queria ele lá, embora a lei o proteja”, relatou Maysa em um vídeo postado nas redes sociais.
A parlamentar disse que irá denunciar o caso também à secretaria Estadual de Educação (Seduc), ao Ministério Público Estadual e ao Procon.
“Já recebi muitos relatos de mães que passaram pela mesma situação e, por mais que não tenha sido a primeira vez que nosso filho foi discriminado, nunca será leve, e nunca iremos deixar passar. Não gostaria de ter que tomar essas providências, nem de expor essa situação em público, mas toda vez que deixamos passar, perpetuamos o capacitismo, a discriminação e o preconceito”, disse Maysa.
A parlamentar, que é também presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara de Vereadores de Cuiabá, cita o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15) mais conhecido como Lei da Inclusão, que garante o direito das pessoas com deficiência de serem matriculadas em escolas de ensino regular públicas ou privadas (havendo vagas), sendo importante ressaltar que não existe número limitado de vagas para alunos especiais, como muitas escolas insistem em propagar e adotar como regra.
“O peso do rótulo, do capacitismo da nossa sociedade é muito árduo para carregar. Imagine para uma criança. Mas aí você tem que escolher: defendo os direitos do meu filho ou escondo a condição dele?”, questiona em trecho do vídeo.
O ingresso de uma criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na escola regular é um direito garantido por algumas leis: conforme o capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que aborda a educação especial, a Lei da Inclusão (citada acima) e a Lei Berenice Piana (12.764/12).


MATO GROSSO
Especialista dá dicas de como superar escassez de mão de obra na suinocultura

A falta de mão de obra é um problema que atinge diversas cadeias do setor produtivo, na suinocultura não é diferente, e a escassez de mão de obra e a alta rotatividade de colaboradores afetam diretamente a produtividade e o custo de produção em uma granja. Com a relevância do tema, o médico-veterinário, especialista em Liderança, Engajamento e Produtividade na Suinocultura, Leandro Trindade, apontou os principais desafios e oportunidades para atrair e reter talentos durante o 4º Simpósio da Suinocultura de Mato Grosso.
De acordo com levantamento realizado pela Metodologia Boas Práticas de Liderança (BPL), idealizado por Trindade, a rotatividade dentro das granjas, fenômeno cada vez mais constante, tem elevado os custos da atividade. “O impacto no negócio é direto, e o custo pela substituição de um colaborador pode chegar a 300% do salário anual dele. A repetição de processos, o tempo gasto com treinamento, instabilidade e queda de produtividade são reflexos dessa constante troca de funcionários”, explicou.
Ainda segundo o levantamento, realizado entre 2012 e 2025 em entrevistas nas granjas, a remuneração inadequada não é um dos principais fatores para a falta de engajamento dos colaboradores.
“Chefe ruim (87%), falta de reconhecimento (78%), condições de trabalho (61%), comunicação ineficaz (58%) e só então remuneração inadequada (39%) montam o ranking de principais causas de afastamento dos colaboradores das granjas. Isso mostra a importância de escolher um líder capacitado para lidar com equipes”, pontuou.
Trindade completa que atualmente o ambiente de trabalho tem maior peso na escolha do colaborador do que o salário. “Clima respeitoso, oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, jornada de trabalho que permita cuidar da vida pessoal, infraestrutura e reconhecimento do valor do trabalho são pontos que precisam ser trabalhados e colocados como prioridade para conseguir incentivar e engajar um colaborador”.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e suinocultor, Moisés Sachetti, a pauta abordada durante o evento foi muito bem recebida pelos participantes, visto que é um problema recorrente no setor produtivo.
“É um problema enfrentado não só aqui em Mato Grosso, mas no Brasil. É um problema crescente no agronegócio brasileiro, afetando a produção e a eficiência do setor. Este fenômeno é resultado de uma combinação de fatores, como a falta de qualificação da mão de obra disponível, condições de trabalho no e até mesmo de gestão de pessoas”, afirmou Sachetti ao reforçar que é preciso atenção para evitar que o problema se agrave e acabe comprometendo a produção do setor produtivo.
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