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Prefeitura do Rio entrega amanhã o Terreirão do Samba para o carnaval
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A prefeitura carioca e a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) entregam amanhã (10) ao público o Terreirão do Samba para o carnaval da cidade. O espaço foi interditado em janeiro pelo Corpo de Bombeiros por apresentar irregularidades relacionadas à segurança contra incêndio e pânico e, também, por não terem sido cumpridas exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 31 de dezembro de 2022 com a corporação. A Riotur informou que as ações realizadas para garantir a segurança do local envolveram a instalação de dois postos médicos, com uma ambulância em cada um deles, de 28 quiosques de venda de bebidas e comidas e de 65 banheiros químicos. A segurança externa será feita pela Polícia Militar.

“A gente vai fazer ali o carnaval mais popular do carnaval carioca, a preços bem populares, para as pessoas que não têm condição de comprar ingresso para a Sapucaí, [que] ali vão assistir shows e curtir os maiores artistas do Brasil. Essa é uma decisão do prefeito de poder contemplar todos aqueles que não têm condição de estar no Sambódromo”, disse hoje (9) à Agência Brasil o presidente da Riotur, Ronnie Aguiar Costa. Os ingressos terão valor de R$ 20 por pessoa.
Ronnie Costa informou que o Terreirão perdeu o prazo disposto no TAC porque sofreu ações de vandalismo, como roubo de materiais. “Eles [bombeiros] não puderam aprovar o TAC sem os equipamentos. Assim que entramos aqui, a gente fez as reformas necessárias, colocando, inclusive no caderno de encargo, as benfeitorias que precisavam ser feitas para poder o Terreirão ficar apto a fazer essa festa. Os bombeiros foram lá ontem, fizeram os últimos ajustes, e devem proceder a uma vistoria hoje. Mas está tudo certo para a aprovação dos bombeiros para a festa popular”, garantiu Costa.
Em relação às fortes chuvas que assolaram a cidade nos últimos dias, inundando também a Marquês de Sapucaí, o presidente da Riotur disse que em 15 minutos as águas já haviam escoado, sem causar dano maior. O governo carioca teve notícias de que alguns barracões de escolas do Grupo Ouro, antigo Grupo de Acesso, sofreram danos e tiveram perdas por conta da invasão da água. “É por isso que o prefeito está fazendo um esforço enorme para ainda apresentar a solução para a Cidade do Samba 2, para que as escolas do antigo grupo de acesso também tenham o conforto e as mesmas condições do Grupo Especial de fazer o seu desfile.”
Preparativos
A cidade do Rio de Janeiro está preparada para o carnaval, segundo Ronnie Aguiar Costa. “É a maior quantidade de banheiros químicos para o carnaval de rua, a maior quantidade de estrutura em ambulâncias, postos médicos, operadores de trânsito que o carnaval de rua nunca teve, e também no entorno da Marquês de Sapucaí e da Intendente Magalhães”. No que se refere à nova Intendente Magalhães, Costa afirmou que é a comprovação de que o prefeito quer tratar o carnaval com igualdade. “O projeto da nova Intendente Magalhães também vai trazer dignidade para o desfile das escolas do Grupo Prata. São as escolas que vão, em breve, estar disputando os seus campeonatos na Sapucaí”.
Aguiar Costa reiterou que a prefeitura carioca se preparou e está colocando à disponibilidade dos foliões e das pessoas que curtem o carnaval a maior estrutura da festa que já teve no Rio de Janeiro. O número de ambulâncias disponíveis, por exemplo, é recorde: 280, assim como o de banheiros químicos (34 mil). Do mesmo modo, foi ampliado de seis para oito o total de postos médicos espalhados nos trajetos do carnaval de rua. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) mobilizará 5 mil garis que vão cuidar da limpeza das ruas durante o carnaval. A Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal totalizam mais de 2 mil servidores públicos atuando durante os festejos de Momo. “A prefeitura investiu como nunca no carnaval”, destaca o presidente da Riotur.
Expectativas
Em relação à expectativa de chegada de turistas e do movimento financeiro gerado pelo carnaval na economia do Rio, Aguiar Costa relatou que, com base em estudo feito pela Secretaria Municipal de Planejamento e a Invest Rio, o carnaval significa a injeção de R$ 5 bilhões na economia carioca, incluindo rede hoteleira, bares e restaurantes, entre outros segmentos. Somente o carnaval de rua deve movimentar cerca de R$ 1 bilhão desse total.
“A expectativa é que 5,5 milhões de pessoas curtam o carnaval de rua este ano, entre turistas e cariocas. O carnaval é um grande produto para a cidade e, se fosse pensar financeiramente, a gente teria que ter carnaval todo mês. Valeria muito a pena o investimento que a prefeitura faz com infraestrutura e o retorno que tem como movimentação financeira”. No Sambódromo, a capacidade é para 70 mil pessoas por dia, das quais 25% correspondem a turistas estrangeiros que vêm passar o carnaval no Rio e curtir a Sapucaí, informou o presidente da Riotur.
Como apoio cultural, a prefeitura distribuiu um valor para as escolas do Grupo Especial como cota de patrocínio, e também para as escolas do Grupo Ouro e do Grupo Prata (Intendente Magalhães). Cada escola do Grupo Especial recebeu R$ 2 milhões, como incentivo cultural. Para cada uma das escolas do Grupo Ouro, foram R$ 867 mil. Para a Intendente Magalhães, o valor total para todas as agremiações alcança R$ 4,2 milhões.
A ajuda cultural para as escolas dos grupos Ouro e Prata é feita por meio das Ligas, que dividem igualitariamente os valores recebidos pelas agremiações.
Edição: Juliana Andrade
Fonte: EBC Geral
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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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