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‘Fiquei 2h30 sendo agredido no meu próprio carro’, diz empresário que caiu no golpe do app de namoro na Zona Norte de SP

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“Fiquei 2h30 sendo agredido no meu próprio carro”, disse um empresário que caiu no golpe do aplicativo de relacionamento de namoro na Zona Norte de São Paulo. O homem de 44 anos foi libertado na madrugada desta terça-feira (14) pela Polícia Militar (PM), que prendeu em flagrante um dos criminosos. O restante da quadrilha fugiu e é procurada.

A vítima foi mantida refém por 5 horas por uma quadrilha que a atraiu na noite desta segunda-feira (13) no Jaraguá. O empresário saiu de Sorocaba, onde mora no interior de São Paulo, e foi ao local na capital após marcar um encontro com uma garota que havia conhecido pelas redes sociais.

Mas quando chegou ao lugar marcado a jovem não apareceu, e ele foi abordado por criminosos armados. Os bandidos obrigaram o homem a desbloquear suas contas bancárias no celular e conseguiram roubar quase R$ 2 mil dele.

“No meu próprio carro, no assoalho, no banco traseiro, com várias agressões. Me deram coronhada, pediram pra desbloquear o celular. Desbloqueei banco, fiquei umas duas horas e meia sendo agredido no meu próprio carro, no banco traseiro. E aí veio um outro veículo, me botaram dentro desse veículo e me levaram pra outro local”, disse o homem à TV Globo.

Empresário ficou ferido na cabeça após cair no golpe do app de namoro — Foto: Reprodução/TV Globo

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Ele aceitou falar com a reportagem sob a condição de não ser identificado. No 87º Distrito Policial (DP), em Pirituba, onde o caso foi registrado, o empresário estava com uma atadura na cabeça por causa dos machucados causados pelos assaltantes, que ameaçaram matá-lo. Ele foi levado a um hospital onde foi atendido e liberado.

O homem só foi solto após denúncia anônima sobre o sequestro feita para o telefone 190 da PM. Os policiais militares foram ao local onde o carro estava com a vítima e parte da quadrilha e deteve um dos bandidos. Ele já tinha passagem por roubo. O restante do bando fugiu.

“Durante a abordagem ele tentou se evadir, mas conseguimos detê-lo e encaminhamos o indivíduo e a vítima na delegacia. E aqui na delegacia a vítima reconheceu o indivíduo como autor do sequestro e do roubo e o veículo da vítima foi achado num local próximo”, disse um agente da PM.

Segundo a Polícia Militar, os criminosos roubaram cartões de banco, documentos e o celular do empresário para fazer transferências bancárias.

Zona Norte de São Paulo lidera casos

Homem morreu baleado após marcar encontro por aplicativo na Zona Norte de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Homem morreu baleado após marcar encontro por aplicativo na Zona Norte de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Levantamento da TV Globo mostra que dos 12 casos desse tipo de golpe registrados neste ano na Grande São Paulo, dez deles aconteceram na capital e dois em Itaquaquecetuba. Sendo que oito deles foram na Zona Norte da cidade. E num deles, um outro empresário, de 48 anos, foi morto a tiros pelos criminosos quando tentou fugir.

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No ano passado, foram 30 casos, com três vítimas mortas e três feridas na capital e região metropolitana.

Na última semana, a Polícia Civil de São Paulo fez uma operação com o nome “deu match” para tentar frear a ação de quadrilhas que usam aplicativos de relacionamento pra tirar dinheiro das vítimas.

Três pessoas foram presas suspeitas de manter uma vítima em cativeiro. Além deles, outras 25 pessoas foram indiciadas e presas por participação nesse tipo de crime.

“A melhor prática seria se encontrar em locais públicos, em shopping centers e procurar fazer antes desse encontro uma chamada de vídeo”, disse o delegado Fábio Nelson, do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope).

“Se durante essa comunicação pra que seja realizado esse encontro tenha algum fato novo que faça com que ela mude de local, não vá. Não vá”, disse o delegado. “Há possibilidade real de que sejam sequestradas”.

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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