Search
Close this search box.
CUIABÁ

JURÍDICO

OAB Nacional, Comissão de Saneamento e associações do setor debatem marco regulatório

Publicados

JURÍDICO

O presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, recebeu, nesta terça-feira (14/2), um grupo de especialistas da área do saneamento básico, incluindo dirigentes de associações e de empresas do setor e a presidente da Comissão Especial de Saneamento, Ariana Garcia. Eles debateram o Marco Legal do Saneamento e as repercussões regulatórias da alteração legislativa. A ideia é costurar uma série de ações com o Conselho Federal para colaborar com a melhoria do serviço no país. 

Os dirigentes apontaram que, apesar de a mudança na legislação ter promovido avanços no setor, faltou tempo de maturação para uma transição dos modelos de contrato. Ainda, ao mesmo tempo ficaram lacunas que precisam ser corrigidas, a fim de que as políticas de implementação do saneamento básico sejam universalizadas.

“Há uma perspectiva de democratizar o debate. E tenho certeza que esta será a primeira de muitas reuniões. A pauta persegue o Brasil há muitos anos. Há uma possibilidade de que a iniciativa privada se sente com a gente também para discutir a temática. E nesse processo podemos ver em que a Ordem poderá contribuir com a pauta no Congresso e mesmo no Executivo”, disse Simonetti.

Leia Também:  Live da ESA aborda estratégias para recuperação de crédito nesta segunda (13/2)

Para o presidente do Conselho Federal, a pauta é de grande apelo popular, por repercutir diretamente no dia a dia da população. Ele, portanto, pediu à Comissão de Saneamento que produza estudos e propostas que possam embasar os próximos encontros. Dessa forma, será possível ampliar o debate e levá-lo ao Conselho Pleno da entidade. “É um bom início, para selar a união e mostrar que temos interesse em enfrentar a pauta.”

Estiveram presentes, ainda, Sérgio Gonçalves, secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe); Armando do Vale, presidente da Cosama (AM) e integrante do Conselho Fiscal da Aesbe; Antonio Junior, assessor jurídico da Aesbe; e Luiz Cavalcante Neto, presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). 

Ariana Garcia ressaltou que 80% dos serviços ainda são realizados por empresas estatais. E que as regiões Norte e Nordeste são as mais sensíveis em relação a saneamento. “Saneamento é sobre o acesso de todas as pessoas a água e saneamento. Há as questões da drenagem e resíduos sólidos de que pouco se fala e são muito deficitárias também. Não que outras regiões não tenham o que fazer. Mas Norte e Nordeste são emblemáticas”, pontuou a presidente da Comissão.

Leia Também:  OAB e CNBB debatem fome e defesa do sistema eleitoral

Segundo ela, quando o objetivo é universalização dos serviços, setor privado e público têm de trabalhar juntos. “O novo Marco, no entanto, rompeu com a forma de contrato existente desde a década de 1970 de forma muito abrupta. E vieram as privatizações das estatais, que foram além do que o marco pensava. O que a gente vem aqui hoje falar é que a gente se reconcilie, respeitando os direitos adquiridos e ampliando o debate. Saneamento é saúde, cidadania e interesse de todos nós”, afirmou. 

O secretário executivo da Aesbe, Sérgio Gonçalves, reforçou a ideia de voltar a dar peso à discussão e o convite à OAB. “Que nós tenhamos um debate entre os atores envolvidos, e com a OAB, que tem uma história republicana e democrática. Não se trata de uma disputa entre setores. Há uma necessidade de unir municípios, estados e setor privado. Nenhum ente vai fazer esse trabalho sozinho. Há nuances envolvidas, como as regiões em que não há viabilidade ou atratividade econômica”, ressaltou.

Fonte: OAB Nacional

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

JURÍDICO

CNJ identifica ‘esquema organizado de venda de decisões’ envolvendo desembargador e Zampieri

Publicados

em

A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por administrar e fiscalizar o Poder Judiciário, recebeu o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levantando suspeitas de venda de decisões judiciais e pagamentos realizados via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi afastado de suas funções em agosto enquanto o CNJ investiga a possibilidade de ele ter recebido propinas em troca de decisões.

O caso também é alvo de um inquérito criminal e foi considerado de tal gravidade que o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, levou a questão ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do conselho, para uma solução em conjunto. “Evidenciam-se elementos suficientes para recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, diz um trecho da decisão , referendada pelo plenário do CNJ.

Leia Também:  Conselho Federal da OAB e OAB-PI receberão doação de busto de Esperança Garcia

Conversas obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram o desembargador na mira do CNJ. Ao todo, eles trocaram 768 mensagens entre 14 de junho de 2023 e 5 de dezembro de 2023, revelando uma relação próxima, com trocas sobre futebol e viagens, além de livre acesso ao gabinete do desembargador.

As mensagens também indicam a influência do advogado no trabalho do magistrado e o pagamento de propinas para decisões desenvolvidas aos clientes de Zampieri. Em uma das conversas, o advogado afirma que “o Pix está errado, estornou o valor”. “Tente mandar o Pix correto que faço agora”, acrescenta.

Cinco dias depois, informa que “o pagamento da sobrinha foi feito”, anexa um comprovante de transferência de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento. Em outubro, Zampieri menciona ter alcançado “um contrato muito bom para o Mauro” e continua: “O senhor vai ficar feliz com o contrato que consegui para ele”. Mauro, segunda suspeita do CNJ, é o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador. Em outra mensagem, o advogado envia ao magistrado uma imagem de duas barras de ouro, de 400 gramas, que foram usadas como pagamento de propinas.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA