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Escolas de Samba do Rio se preparam para desfile das campeãs

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Os barracões das escolas de samba do Grupo Especial que vão participar dos desfiles das campeãs no sábado (25) estão se movimentando para fazer os reparos nas alegorias que podem ter sofrido danos na volta do Sambódromo para a Cidade do Samba, na região portuária do Rio, onde o carnaval das agremiações é preparado. O rigor do desfile oficial e a preocupação com os jurados ficarão de lado nesta apresentação, para a qual as seis primeiras classificadas no carnaval de 2023 do Rio de Janeiro prometem um espetáculo na Marquês de Sapucaí.

A expectativa é novamente ter uma boa presença de público nas arquibancadas, cadeiras, frisas e camarotes, conforme ocorreu nos dois dias de desfile oficial.

Grande Rio

A entrada na Passarela do Samba é em ordem inversa à classificação. A primeira a ser recebida pelo público é a Grande Rio, que ficou em sexto lugar, com o enredo que falou sobre o cantor e compositor Zeca Pagodinho. A escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, levou para a avenida detalhes da vida do artista com destaque para a fé que tem em São Jorge e Cosme Damião e nos orixás Ogum e Oxum. Zeca já prometeu que estará na Marquês de Sapucaí, comandando o público do alto do último carro, onde no desfile oficial estava ao lado da mulher Mônica e de outros parentes e amigos.

O diretor de carnaval Thiago Monteiro disse que os profissionais do barracão estão avaliando nesta tarde as avarias nos carros, mas adiantou que muita coisa ficou ilesa. “Estamos aqui com nosso time trabalhando para a volta das campeãs e brindar aquele público maravilhoso com mais um espetáculo da nossa escola. Amanhã a gente já vai se preparar para tirar os carros [do barracão] e levar para a concentração. A Grande Rio se sente muito honrada de participar deste desfile”, disse à Agência Brasil.

Mangueira

Na sequência será a vez da Mangueira, que empolgou o público da Passarela do Samba na madrugada de segunda-feira de carnaval com o enredo As Áfricas que a Bahia canta. O dia clareou durante a passagem da verde e rosa no Sambódromo e a escola foi seguida por um verdadeiro bloco que se formou com quem estava, até aquele momento, assistindo aos desfiles. A diretora de barracão da Mangueira, Tânia Bisteka, contou que não vai ser necessário fazer reparos nas alegorias e que a escola vai completa para o desfile das campeãs.

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Beija-Flor

Na Beija-Flor de Nilópolis, o diretor de carnaval Dudu Azevedo contou que o trabalho de recuperação das alegorias está sendo feito e que a escola vai para a avenida no sábado com a força da sua comunidade. “O barracão mais uma vez fazendo todo o trabalho para entregar um grande desfile. Todos os profissionais estão trabalhando aqui para sábado fazer um grande desfile”, afirmou.

A Beija-Flor ficou em 4º lugar com o enredo Brava gente, o grito dos excluídos no bicentenário da independência, e lembrou o dia 2 de julho de 1823, quando ocorreu a independência do Brasil na Bahia. Ainda na concentração, poucos minutos antes de entrar na avenida, houve um momento de tensão quando um pequeno incêndio atingiu parte de uma alegoria. Os bombeiros agiram rapidamente, não houve feridos e o carro seguiu o desfile sem o componente que iria naquele lugar atingido pelo fogo.

Vila Isabel

Segundo o diretor de carnaval da Vila Isabel, Moisés Carvalho, serão necessários apenas pequenos reparos e a escola vai voltar forte no sábado. “Fizemos um grande desfile na última segunda-feira e, agora, vamos voltar no sábado das campeãs para comemorar o resultado e agradecer ao público pela torcida e receptividade. Estamos realizando apenas pequenos retoques nas alegorias, uma vez que tudo foi bem preservado. Vamos estar completos na avenida novamente”, garantiu.

Viradouro

A segunda colocada, com a diferença de apenas 1 décimo para a primeira, levou para a Passarela do Samba o enredo Rosa Maria Egipcíaca, a primeira mulher preta a escrever um livro no Brasil e esquecida pela história. Alex Fab, que divide a diretoria de carnaval da Viradouro com Dudu Falcão, contou que foi preparado um relatório na manhã de hoje (23) para definir a realização dos reparos. “A meta sempre é levar o maior espetáculo possível, repetir. O tempo é curto de preparo, a gente está com problema de mecânica em um dos carros, apresentado no retorno ao barracão em uma bomba de óleo que estava vazando, então, a gente está focando nesse tripé nosso. Mas a gente conseguiu um retorno sem grandes avarias”, completou.

Com relação às fantasias dos componentes, Alex Fab lembrou que no caso das baianas todas são recolhidas pela escola na saída do Sambódromo porque o transporte é difícil para as integrantes da ala. “Existe toda uma logística. A gente volta para o barracão e a equipe do ateliê faz uma avaliação para poder entregar novamente”, afirmou.

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Para o diretor, a cada ano as escolas aprimoram o sistema de logística tanto no transporte das alegorias e fantasias de algumas alas para o Sambódromo, quanto ao retorno para o barracão. “Isso inclui um staf grande de pessoas. É um investimento que a escola faz para voltar no sábado das campeãs”, contou, acrescentando que muitos componentes da equipe participam do desfile, como os motoristas das alegorias, técnicos e empurradores dos carros.

Imperatriz

O desfile das campeãs termina com a apresentação da Imperatriz Leopoldinense, que venceu o carnaval 2023, depois de 22 anos sem ganhar um título. O carnavalesco Leandro Vieira se inspirou na literatura de cordel para desenvolver o enredo O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida e contou a vida de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, mostrando o que foi feito dele depois da morte. O enredo agradou a comunidade que encampou a história e animou o desfile oficial.

O diretor de carnaval, Mauro Amorim, disse que não houve muitos danos no transporte do Sambódromo ao barracão na Cidade do Samba e que a escola vai repetir no sábado a apresentação que garantiu o título. “A gente vai com a escola completa e a expectativa é a melhor possível. A gente quer dar espetáculo de novo para o público que merece. Vamos levar a escola completa com tudo que passou na avenida. Com relação a reparo são só detalhes que acontecem em relação no transporte na ida e retorno, mas são só detalhes. Não teve avarias. O carnaval vai perfeito para a avenida de novo”, assegurou à reportagem.

O carnavalesco Leandro Vieira, que já tinha conquistado dois títulos na Mangueira em 2016 e 2019, se transferiu para a Imperatriz no Grupo Especial, após também ter levado a escola ao campeonato na Série Ouro no ano passado, o que permitiu que a verde e branco de Ramos voltasse à elite do carnaval carioca para agora ser novamente campeã. Para os torcedores, Leandro já deu a notícia de que vai permanecer na Imperatriz em 2024.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas

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A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.

Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.

Críticas e denúncias

No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.

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“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.

A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.

Impacto na cidade

Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.

Custos e processo de construção

O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.

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Notas da Prefeitura

Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.

A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.

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