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Pinacoteca de São Paulo abre terceiro prédio na região da Luz
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A Pinacoteca de São Paulo inaugurou, nesta sexta-feira (3), um novo espaço, a Pinacoteca Contemporânea, que será aberto à visitação a partir de amanhã (4). O complexo também fica no Parque da Luz, na região central da cidade, ao lado do prédio histórico do museu, projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo no início do século 20. As instalações foram construídas aproveitando os prédios de uma escola estadual desativada.
O novo espaço terá visitação gratuita durante um mês.
O projeto do escritório Arquitetos Associados foi escolhido, entre outros motivos, justamente pelo diálogo que estabelece com o antigo colégio. “Ele preserva a configuração escolar. Isso foi um ponto muito importante para nós”, enfatizou o diretor da Pinacoteca, Jochen Volz.
Ele destacou que foi mantida a estrutura do pátio e das salas de aula, porém, os muros foram derrubados, aumentando a permeabilidade com o parque e com as ruas ao redor. “É possível encontrar um Tunga [uma obra do artista que fica na praça central], frequentar a biblioteca ou uma sala educativa, vindo do parque, sem passar por uma catraca”, acrescentou.
Um milhão de visitantes
As novas instalações fazem com que a Pinacoteca tenha agora mais de 22 mil metros quadrados de área total, incluindo os prédios no Parque da Luz e a Estação Pinacoteca, que funciona a cerca de 500 metros, no edifício do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), órgão de repressão da ditadura militar. A expectativa é que o museu estadual possa receber 1 milhão de visitantes por ano.
As novas instalações, projetadas especificamente para atender às necessidades da instituição cultural, também ajudarão a abrigar o crescimento do acervo de obras e da biblioteca ao longo de mais de um século de história. “A gente opera em dois edifícios que foram adaptados ao longo de décadas para serem museu”, disse Volz, ao comentar as limitações das instalações atuais. O edifício- sede da Pinacoteca foi desenhado inicialmente para o Liceu de Artes e Ofícios.
Foram aplicados nas obras aproximadamente R$ 85 milhões, sendo R$ 55 milhões do governo estadual e R$ 30 milhões doados diretamente pela família Gouvêa Telles.
Exposições e obras
Na praça central do novo prédio, há uma obra do artista pernambucano Tunga. Uma grande instalação que mistura correntes, caldeirões e cálices em metal escuro por onde passa um feixe de fios de cobre.
No subsolo, foi aberta a exposição Chão da Praça: Obras do Acervo da Pinacoteca. A mostra é uma oportunidade para “expor obras que há muito tempo queríamos expor e não conseguíamos”, disse a curadora da Pinacoteca, Ana Maria Maia,.
Parte são trabalhos complexos de grandes dimensões, como Tteia, de Lygia Pape. A obra, inspirada em teias de aranha, é formada por feixes de fios metálicos que saem do teto até o chão, com uma iluminação que revela ou ofusca as composições, ao depender do ângulo de observação.
Outro destaque é a obra Colar, de Lygia Reinach, que consiste em um colar de contas de cerâmica do tamanho de um melão, que começam também no teto da galeria e se enrolam pelo chão. Há ainda trabalhos em diversas linguagens, como fotografia, pintura e vídeo.
Foi aberta também uma mostra da artista sul-coreana Haegue Yang. São trabalhos com colagens que ocupam as paredes e o teto da galeria, além de instalações que usam persianas plásticas e lâmpadas tubulares fluorescentes.
Edição: Nádia Franco
Fonte: EBC Geral


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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