MATO GROSSO
Governador articula aplicativo e linhas de crédito “juro zero” a pequenos produtores
MATO GROSSO
O governador Mauro Mendes afirmou que o Governo de Mato Grosso tem trabalhado em novas iniciativas para alavancar a Agricultura Familiar em todo o estado, desde linhas de crédito a aplicativos.
As alternativas foram citadas nesta segunda-feira (13.03), durante evento em Várzea Grande de entrega de equipamentos, máquinas e insumos voltados aos pequenos produtores, via prefeituras, associações e comunidades indígenas.
Na ocasião, foram entregues 12 caminhões 12 m, duas carretas basculante, uma carreta para microtrator, três encanteiradores, três enxadas rotativas, quatro escavadeiras hidráulicas, uma grade 14×26, 15 Hilux, dois misturadores de ração, nove perfuradores de solo, 12 plantadeiras adubadeiras, cinco plantadeiras de mandioca, 44 resfriadores de leite de 1000 litros, 30 resfriadores de leite de 500 litros, três roçadeiras frontais, três roçadeiras hidráulicas e oito tratores 100 CV.
“É uma entrega relevante porque a agricultura familiar produz grande parte dos alimentos que nós comemos. São milhares de famílias distribuídas nos 141 municípios. Precisamos pensar além, olhando para as principais cadeias produtivas e ver o que precisamos fazer para essas cadeias”, afirmou.
Uma dessas iniciativas, de acordo com o governador, é viabilizar linhas de crédito junto aos bancos, para que os produtores possam adquirir suas próprias máquinas.
“Queremos criar uma linha de financiamento para que o produtor possa comprar seu trator com juro zero, subsidiado pelo Governo. Ele vai ser dono. Isso é uma forma de ajudar quem tem visão empreendedora. São programas como esses que vamos priorizar”, relatou.
Para o governador, é importante que os pequenos produtores recebam não apenas apoio por meio de empréstimo de máquinas e insumos, mas também de medidas que ajudem a a “estruturar as cadeias produtivas para torná-las mais eficientes”.
“A cidade de Colniza, por exemplo, é grande produtora de café. O que precisamos fazer para que essas pessoas tenham melhores condições de produzir? A primeira coisa é fazer estradas, e estamos fazendo. Mas temos que analisar e identificar as possibilidades para que todas essas cadeias produtivas possam crescer”, pontuou.
Outra medida articulada pelo Governo do Estado é um aplicativo de celular que poderá fazer a intermediação entre os pequenos produtores com os compradores, de forma a modernizar a relação comercial do segmento.
“Em cada municipio, o aplicativo vai permitir que os produtores se cadastrem e aí o cara da feira, o distribuidor, poderá ver o contato agilizar a negociação. Porque hoje o produtor de alface pega seu carro e vai vender o alface no comércio e muitas vezes não vende tudo, perde o lucro. E com esse sistema, vai facilitar muito a vida do pequeno produtor, equilibrando oferta e demanda. São medidas simples para tornar mais eficiente e mais fácil a vida de quem produz em Mato Grosso”, completou.
Fonte: GOV MT


MATO GROSSO
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso

Cerca de 17,6 mil pessoas com deficiência (PCD) têm o próprio negócio em Mato Grosso, segundo pesquisa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O levantamento, realizado neste ano, mostra que esses empreendedores representam 3,6% do total de empresários mato-grossenses, com predominância de pessoas com limitações motora (36,7%), visual (34%) e auditiva (29,3%).
O estudo aponta que os empreendedores PCD apresentam elevado nível de escolaridade: 46,9% concluíram o ensino médio e 38,1% têm ensino superior - índice superior à média estadual. A faixa etária predominante está entre 35 e 44 anos (39,5%), seguida por 45 a 54 (22,4%). O grupo é formado majoritariamente por homens (57%). No recorte racial, há equilíbrio entre pardos (36,7%) e brancos (34%), seguidos por pretos (19%).
A maioria é casada (57,1%) e tem filhos (91,2%), o que reforça a importância da renda do próprio negócio para a estrutura familiar.
No campo econômico, os empresários com algum tipo de limitação atuam em diversos setores. O comércio concentra 31,3% dos negócios, seguido por serviços (25,2%), indústria (21,8%) e tecnologia (14,3%). Moda (17,7%), cosméticos (15%) e alimentação (14,3%) estão entre os principais segmentos.
A formalização é alta: 85,7% possuem CNPJ, sendo a maioria registrada como microempresa (48,4%) ou empresa de pequeno porte (32,5%). Além disso, 70% atuam há mais de três anos e quase metade emprega de dois a cinco colaboradores, o que demonstra maturidade e estrutura consolidada.
Dificuldades
As motivações que levam pessoas com deficiência a empreender mesclam necessidade e realização pessoal. Para 40,8%, a decisão está ligada à necessidade financeira, enquanto 34% enxergam oportunidades de mercado e 32% buscam autonomia. A frustração com o mercado de trabalho tradicional (23,1%) e o desejo de realizar um sonho (15%) também aparecem com destaque.
As mulheres tendem a empreender mais por necessidade (54%), enquanto os homens se movem principalmente pela percepção de oportunidade (48,8%).
Na jornada empreendedora, os desafios enfrentados são múltiplas e revelam tanto desafios estruturais quanto específicos. Burocracia (44%), concorrência acirrada (39%) e falta de capital inicial (33%) estão entre as principais dificuldades. Além disso, 21% relataram barreiras diretamente ligadas à deficiência, como acessibilidade e preconceito, e 22% mencionaram dificuldades para equilibrar a vida pessoal e profissional.
Entre as mulheres, questões de gênero e maternidade ganham relevância, enquanto os homens apontam custos e juros elevados como maiores obstáculos.
“O Sebrae apoia todos os empreendedores, porque acredita que o empreendedorismo é um caminho de inclusão e autonomia para todas as pessoas, independentemente de suas condições. Quando um empreendedor PCD empreende, ela inspira e transforma o seu entorno”, afirma Liliane Moreira, analista técnica do Sebrae/MT. “A inclusão produtiva das pessoas com deficiência é uma questão de equidade e também de fortalecimento da economia, pois amplia talentos, gera inovação e promove uma sociedade mais justa”.
Dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre 3 e 31 de janeiro de 2025, por meio de entrevistas telefônicas, com 147 empreendedores (formais e informais) que possuam alguma deficiência no estado de Mato Grosso. O estudo apresenta uma taxa de confiança de 95% e margem de erro de 4%.
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