BRASIL
Festival de robótica reúne estudantes de todo o país no DF
BRASIL
“Somos da Elev3r e viemos competir, o importante é aprender e também se divertir. O trabalho foi enorme para poder chegar, acredite nos seus sonhos que você vai conseguir”, cantava Arthur, ao lado de seis outros colegas da equipe, com os mesmos capacetes vermelhos.
Entusiasmado para encontrar respostas para os desafios propostos pela competição com pequenos robôs feitos de peças de Lego, Arthur é responsável por construir e operar robôs em sua segunda participação na competição.
“Nós temos que montar os robôs sem manual e em versão até menos atualizada do que estamos acostumados. Mas aqui a gente tem a chance de criar e vamos por tentativa e erro para ver o que vai funcionar melhor. O mais legal do desafio é o conjunto todo: montar os robôs, ver os amigos, aprender programação e trabalhar em equipe”, disse.
Para a técnica da equipe de Arthur, a professora Lorines Cezne, de 42 anos, o grande benefício da competição é treinar capacidades dos alunos para solucionar problemas.
“O torneio e a própria robótica são formas de mostrar aos jovens como ter autonomia no dia a dia para a vida profissional. Os conceitos que aprendem aqui, levam para vida e dão a eles um leque de possibilidades. Aqui temos o trabalho em equipe, como lidar com as emoções e frustrações do dia a dia”, explicou. “Não existe rivalidade, temos que reforçar o companheirismo e um ajuda o outro. Essa é uma forma de mostrar ao jovem que se acontecer alguma coisa errada, não precisa se frustrar, são desafios da vida”, acrescentou.
Segundo Cezne, em edição anterior, seus alunos desenvolveram um projeto para solucionar um problema frequente na escola: a falta de controle remoto para acionar o ar condicionado.
“Muitos aparelhos de ar condicionado que ficavam sem funcionar porque não encontrávamos ou não tínhamos o controle remoto. Então, os alunos criaram uma placa acoplada ao chaveiro, com mecanismo para ligar o aparelho e todos os professores tinha na mão”, contou.
Fórmula 1
O festival conta com o projeto educacional da Fórmula 1, que incentiva estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento. A equipe vencedora da categoria participará do Grande Prêmio de Cingapura, em setembro.
Em sua primeira participação na competição, a estudante mineira Maria Eduarda Brito, de 16 anos, contou que a entrada em um projeto de robótica ligado à Fórmula 1 aconteceu por motivos afetivos. “Desde pequena, acordava cedo aos domingos para assistir Fórmula 1 com meu pai e isso me incentivou a fazer parte dessa equipe”. “Pretendo fazer medicina e a robótica me ajuda com relações humanas. Eu gosto de tentar entender o ser humano, o cérebro das pessoas, de estar integrada e tentar ajudar. Aqui tem tudo isso”, contou.
Davi Roberto, um dos seis parceiros de equipe de Maria Eduarda, destacou que a categoria estimula os estudantes a atuarem como se estivessem em uma startup de Fórmula 1 para desenvolverem diversos aspectos, como organização de empresa, gestão de pessoas, além da parte de engenharia.
“A competição julga diversos aspectos e a ‘estrela do projeto’, que é a corrida, vale poucos pontos. Isso estimula todos os participantes a se empenharem igualmente”, descreveu.
Cidadãos
Realizado há 10 anos pelo Sesi, o festival reúne mais de 2.500 participantes de todo país até este sábado (18). Diariamente, cerca de 3 mil pessoas passaram pelo local, entre caravanas de estudantes e visitantes. Para o diretor de operações do Sesi, Paulo Mól, o festival de robótica estimula a busca de respostas para problemas reais do cotidiano.
“A gente acredita na robótica como um modelo diferente para educação do século 21. De maneira que a construção do conhecimento pode acontecer com impacto social, estudantes se divertindo, aprendendo brincando. O festival trabalha vários temas, os participantes têm que analisar o contexto, quais os problemas vão resolver. Nos projetos sociais, estimulamos que os estudantes pensem de que maneira a robótica pode ajudar até mais do que ciência e tecnologia na construção de cidadãos”, argumentou.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Geral


BRASIL
Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
-
MATO GROSSO5 dias atrás
CONCEEL-EMT reforça orientações sobre a nova identificação das Unidades Consumidoras
-
MATO GROSSO4 dias atrás
Utilização de veículos como pagamento de imóveis se torna opção de mercado em Cuiabá
-
MATO GROSSO2 dias atrás
Mais de 17,6 mil pessoas com deficiência comandam negócios próprios em Mato Grosso
-
ARTIGOS2 dias atrás
Tecnologia, ciência e humanização: o tripé da medicina do futuro
-
GERAL5 dias atrás
TNT Energy Drink acelera a expansão no universo do basquete com embalagens exclusivas temáticas da NBA no Brasil
-
ARTIGOS2 dias atrás
Especialista em diagnóstico por imagem explica como a biópsia guiada contribui para o tratamento precoce do câncer de mama