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Técnicos avaliam qualidade da água de rio que abastece Belo Horizonte
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As autoridades ambientais de Minas Gerais monitoram a qualidade da água do Rio das Velhas. O corpo d’água, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte, apresentou, duas semanas atrás, alteração de coloração.
O local é ponto de captação de água da Copasa, empresa responsável pelo abastecimento hídrico de vários municípios mineiros, entre os quais, a capital. Segundo a Câmara Municipal de Belo Horizonte, 60% da água distribuída na cidade vêm do Rio das Velhas.
A Copasa informou, no entanto, que toda a produção de água na Estação de Tratamento de Água do Sistema Rio das Velhas encontra-se dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, a empresa disse ter ampliado “a frequência da coleta e análise da água bruta, proporcionando maior segurança operacional para a continuidade da produção de água”.
Alterações na cor
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente informou que recebeu uma denúncia, no dia 27 de março, de que havia alteração na cor da água do rio e que o material que provocou a mudança provinha do córrego afluente Fazenda Velha.
No dia seguinte, a secretaria começou a investigar as possíveis causas da ocorrência. Foi detectado que o córrego, na confluência com o Rio das Velhas, tinha a cor ainda mais avermelhada e estava mais turvo. Também foi constatada no local a provável presença de manganês e de fios de minério de ferro.
Depois disso, a secretaria vistoriou uma barragem de rejeito e suas estruturas auxiliares, que pertencem à Minérios Nacional, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
A Barragem Ecológica 1 serve à Mina do Fernandinho e seu vertedouro deságua no Córrego Fazenda Velha. No dia da fiscalização, a secretaria constatou que o vertedouro passava por uma manutenção.
CSN autuada
Os técnicos da secretaria verificaram ainda que havia sedimento avermelhado na Barragem Ecológica 1 e checaram os relatórios de monitoramento de qualidade da água, fornecidos pela própria empresa, os quais demonstraram teores de manganês, ferro, cobre, cor e demanda bioquímica de oxigênio acima dos padrões de lançamento preconizados em legislação vigente.
Diante disso, a secretaria autuou a CSN por poluição/degradação ambiental. Também foram determinadas a cessação imediata do lançamento desse material e a apresentação de relatórios semanais sobre a qualidade da água nos corpos hídricos do entorno da barragem.
Também estão sendo coletadas amostras de água para análise e uma nova vistoria deverá ser realizada nos próximos dias, informou a secretaria.
CSN
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Minérios Nacional informou que não despejou sedimentos ou rejeitos no Córrego Fazenda Velha. Segundo a empresa, a coloração atual da água do rio não tem relação com suas atividades.
“A atividade de limpeza da estrutura de contenção de sedimentos já foi finalizada. Informamos ainda que a Feam [Fundo Estadual do Meio Ambiente] e a Polícia Militar Ambiental estiveram [na região]ontem [11] e puderam verificar as ações tomadas pela empresa para melhoria da qualidade da água. Também durante a vistoria, a empresa evidenciou que as ações tomadas estão em conformidade com os parâmetros e limites da legislação vigente”, diz nota da Minérios Nacional.
A empresa informou ainda que tem implementado todas as medidas para garantir a qualidade da água a jusante de suas estruturas e que está atendendo todas as solicitações do órgão fiscalizador.
Fonte: EBC GERAL


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Prefeitura de SP constrói muro na Cracolândia para isolar área de usuários de drogas
A Prefeitura de São Paulo ergueu um muro na Cracolândia, localizada no Centro da cidade, com cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura, delimitando a área onde usuários de drogas se concentram. A estrutura foi construída na Rua General Couto Magalhães, próxima à Estação da Luz, complementada por gradis que cercam o entorno, formando um perímetro delimitado na Rua dos Protestantes, que se estende até a Rua dos Gusmões.
Segundo a administração municipal, o objetivo é garantir mais segurança às equipes de saúde e assistência social, melhorar o trânsito de veículos na região e aprimorar o atendimento aos usuários. Dados da Prefeitura indicam que, entre janeiro e dezembro de 2024, houve uma redução média de 73,14% no número de pessoas na área.
Críticas e denúncias
No entanto, a medida enfrenta críticas. Roberta Costa, representante do coletivo Craco Resiste, classifica a iniciativa como uma tentativa de “esconder” a Cracolândia dos olhos da cidade, comparando o local a um “campo de concentração”. Ela aponta que o muro limita a mobilidade dos usuários e dificulta a atuação de movimentos sociais que tentam oferecer apoio.
“O muro não só encarcerou os usuários, mas também impediu iniciativas humanitárias. No Natal, por exemplo, fomos barrados ao tentar distribuir alimentos e arte”, afirma Roberta.
A ativista também denuncia a revista compulsória para entrada no espaço e relata o uso de spray de pimenta por agentes de segurança para manter as pessoas dentro do perímetro.
Impacto na cidade
Embora a concentração de pessoas na Cracolândia tenha diminuído, o número total de dependentes químicos não foi reduzido, como destaca Quirino Cordeiro, diretor do Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas. Ele afirma que, em outras regiões, como a Avenida Jornalista Roberto Marinho (Zona Sul) e a Rua Doutor Avelino Chaves (Zona Oeste), surgiram novas aglomerações.
Custos e processo de construção
O muro foi construído pela empresa Kagimasua Construções Ltda., contratada após processo licitatório em fevereiro de 2024. A obra teve custo total de R$ 95 mil, incluindo demolição de estruturas existentes, remoção de entulho e construção da nova estrutura. A Prefeitura argumenta que o contrato seguiu todas as normas legais.
Notas da Prefeitura
Em nota, a administração municipal justificou a construção do muro como substituição de um antigo tapume, visando à segurança de moradores, trabalhadores e transeuntes. Além disso, ressaltou os esforços para oferecer encaminhamentos e atendimentos sociais na área.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU) reforçou que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) atua na área com patrulhamento preventivo e apoio às equipes de saúde e assistência, investigando denúncias de condutas inadequadas.
A questão da Cracolândia permanece um desafio histórico para São Paulo, com soluções que, muitas vezes, dividem opiniões entre autoridades, moradores e ativistas.
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